Alagoas

Punição exemplar

Ofensas machistas da torcida durante jogo contra o Criciúma dão prejuízo ao Galo

Cânticos discriminatórios e comportamento agressivo geraram multas no valor de 13 mil reais ao clube

Por Redação com sites* 30/09/2022 10h10 - Atualizado em 30/09/2022 10h10
Ofensas machistas da torcida durante jogo contra o Criciúma dão prejuízo ao Galo

A Série B do Campeonato Brasileiro teve um episódio lamentável neste final de semana. A árbitra Edina Alves (FIFA) relatou que foi xingada por torcedores do CRB durante a partida contra o Criciúma, no último sábado (27), no Estádio Rei Pelé, em Maceió. As ofensas, com caráter machista, foram registradas na súmula da partida.

Os cânticos discriminatórios da torcida do CRB em direção à árbitra Edina Alves renderam uma multa de R$ 10 mil ao clube alagoano em julgamento no STJD nesta quarta-feira(28). A responsável por apitar o empate sem gols com o Criciúma, pela Série B, foi chamada de "rapariga" em cantoria no estádio Rei Pelé, em Maceió. No mesmo jogo, uma garrafa d'água e um chinelo também foram arremessadas no gramado, rendendo mais R$ 3 mil de punição.

Os auditores da Terceira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol julgaram o CRB levando em consideração a súmula do jogo, na qual Edina relatou que "aos 24 minutos do segundo tempo e na saída da arbitragem do campo de jogo, a torcida do Clube e Regatas Brasil (C.R.B) proferiu o seguinte canto: "rapar..., rapar..., rapar...". Após o final do jogo, já no vestiário da arbitragem, fui informada pelo Tenente Taveira, da polícia militar de Alagoas, que a torcida do Clube de Regatas Brasil (C.R.B.) arremessou em direção dos jogadores do Criciúma uma sandália Havaianas e uma garrafa de água."

A Procuradoria juntou à denúncia uma prova de vídeo com o cântico entoado pela torcida do CRB. O clube foi enquadrado nos artigos 243-G por cânticos discriminatórios e 213, inciso III, por não prevenir e reprimir o lançamento dos objetos.

Em sua defesa, o Alvirrubro apresentou as ações feitas pelo clube e um Boletim de Ocorrência com a identificação de um torcedor que teria arremessado um dos objetos. Mas o subprocurador-geral, Glauber Navega, manteve a denúncia na íntegra e afirmou que o registro de ocorrência juntado pelo clube não elidiu a súmula.

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