Alagoas

PRESÍDIOS

Mapa carcerário aponta déficit de 1.106 presos em Alagoas

População nas unidades prisionais é de 4.619 presos; Estado possui capacidade de apenas 3.509 presos em regime fechado

Por Da redação 05/10/2022 07h07 - Atualizado em 05/10/2022 13h01
Mapa carcerário aponta déficit de 1.106 presos em Alagoas
Presos a caminho do Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano — Foto: Divulgação/Seris

Segundo levantamento do último mapa carcerário da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social, Alagoas possui uma população total de 11.011 vidas, entre eles presos provisórios, em regime fechado, sob medida de segurança, em regime aberto, regime semiaberto e presos recolhidos nas Unidades Federais. Os dados foram compilados entre os dias 30 de setembro e 03 de outubro.

A população recolhida nas unidades prisionais do Estado é de 4.619 presos, sendo que o Estado possui a capacidade de encarceramento total de 3.509 presos em regime fechado.

"As unidades do sistema prisional de Maceió possuem capacidade para 2.549 detentos e de 960 presos no Presídio do Agreste. O excedente da população recolhida nas Unidades Prisionais em Alagoas chega a 1.106 vidas", diz o relatório.

De acordo com a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), obras em andamento garantirão mais dignidade dentro do sistema prisional, evitando a superlotação. 

Alagoas, aliás, tem uma situação que já se destaca em todo o país: entre a população carcerária feminina é o único estado brasileiro que não tem superlotação. E entre os apenados do sexo masculino, a que existe, de acordo com informações do Governo de Alagoas, será zerada com a entrada em operação do novo presídio de segurança máxima em Maceió, onde serão disponibilizadas 1.008 vagas e mais 308 com a reforma da Penitenciária de Segurança Máxima, que atualmente tem 700 vagas. 

Conheças as unidades prisionais existentes atualmente em Alagoas:



Presídio Santa Luzia

O Presídio Santa Luzia é a única unidade no Estado que abriga mulheres. A capacidade total é de 210 vagas. A política implantada na unidade permite que as reeducandas não fiquem com tempo ocioso. Diariamente as custodiadas trabalham nas oficinas da Fábrica de Esperança: Pintura em tecido, filé, biscuit, corte e costura.

Além das atividades laborais as reeducandas dedicam uma parte do dia para o estudo. Na Indústria do Conhecimento (uma parceria inovadora com o Sesi) elas recebem curso de informática básica e também desenvolvem o hábito da leitura.

Outro projeto desenvolvido no Santa Luzia é a músicoterapia. Nessa atividade trabalha-se com o ioga e canto para levantar a auto-estima das reeducandas.



Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira




A Unidade é destinada a presos condenados e possui capacidade de 768 vagas. O presídio se divide em 8 módulos, incluindo um módulo de Respeito, módulo COC (destinados a presos da segurança pública não militar, condenados ou provisórios) e um módulo especial (destinados a presos condenados ou provisórios que tenham diploma de curso superior).

O Baldomero Cavalcanti possui uma enfermaria para atendimento médico. Junto à unidade foi construído um abrigo para acomodar familiares dos reeducandos enquanto aguardam o horário da visita, um parlatório para os encontros dos presos com os advogados e um espaço para celebrações religiosas.



Presídio Cyridião Durval de Oliveira e Silva


O Cyridião Durval é um presídio construído para abrigar 379 reeducandos. A unidade abriga presos do regime fechado. O presídio conta com uma enfermaria para atendimento médico e de primeiros socorros; um abrigo, com banheiros, bancos e bebedouros foi construído para acomodar familiares enquanto esperam o momento da visita.


Casa de Custódia da Capital

Unidade inaugurada em dezembro de 2006. É a porta de entrada que distribui os presos provisórios para o sistema penitenciário. Possui parlatório, sala para advogados, enfermaria com gabinetes odontológicos e médico e espaço para práticas religiosas.


Presídio de Segurança Máxima

A unidade é responsável pela custódia de presos do regime disciplinar diferenciado (RDD). É um presídio construído para abrigar 192 presos, possui 2 módulos com 12 celas, cada cela possui capacidade para 8 custodiados.



Penitenciária de Segurança Máxima


A unidade é responsável pela porta de entrada do sistema prisional que distribui os presos provisórios para o sistema penitenciário. É um presídio construído para abrigar 670 presos, possui quatro módulos com 21 celas com capacidade para 8 custodiados e 1 cela para portadores de deficiência.


Centro Psiquiátrico Judiciário “Pedro Marinho Suruagy”

A unidade foi inaugurada em dois de maio de 1978. É responsável pela custódia e tratamento de pacientes psiquiátricos condenados a cumprir Medida de Segurança. Possui enfermaria, consultórios médico e odontológico, sala de aula, espaço para terapia ocupacional, horta e auditório. São dez alas, sendo uma delas para pacientes do sexo feminino.


Núcleo de Ressocializador da Capital

Inaugurado em 2011, é um modelo inovador de gestão prisional apoiado nos princípios do sistema espanhol chamado de Módulos de Respeito. As normas que regem o Núcleo são: diálogo, transparência e honradez. O objetivo principal é criar oportunidades para reduzir os fatores de risco do interno por meio da laborterapia, da educação e do lazer. O reeducando que participa do projeto é convidado a assinar um contrato voluntário de adesão. A capacidade da unidade é de 157 vagas, após a conclusão da 2ª etapa de reforma o Núcleo vai abrigar 300 presos.


Colônia Agroindustrial São Leonardo

Os reeduccandos em regime semiaberto e aberto hoje cumprem pena em prisão domiciliar devido à interdição da Colônia Agroindustrial São Leonardo. Alagoas é o único estado que não possui estabelecimento adequado ao regime semiaberto. Desde a interdição da Colônia Agroindustrial São Leonardo, em 2008, os presos em regime semiaberto cumprem pena em prisão domiciliar sendo monitorados por tornozeleira eletrônica.



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