Gilberto Gonçalves (PP) reassumiu o cargo de prefeito de Rio Largo, ontem (13). A volta ao trabalho foi de forma discreta. Afastado do cargo desde o dia 11 de agosto deste ano por suspeita de desvio de recursos federais e de lavagem de dinheiro, Cristina Gonçalves, vice-prefeita da cidade, é quem respondia pela gestão do município. 

O político alagoano foi preso em 22 de agosto pela Polícia Federal (PF) sob a alegação de que estaria atrapalhando as investigações na Operação Beco da Pecúnia, que apura possíveis desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa com recursos do Fundeb (Fundo Nacional de Educação Básica) e do SUS (Sistema Único de Saúde) no município. A Justiça revogou sua prisão no dia 26 de agosto.

A investigação apontava possíveis ilegalidades nas contratações e respectivos pagamentos realizados pelo município de Rio Largo, em favor de duas pessoas jurídicas, para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos, as quais teriam recebido do citado município o valor aproximado de R$ 20 milhões.

A prisão efetuada em agosto foi a quarta da sua trajetória política. Gonçalves conseguiu se reeleger, mesmo já tendo sido preso outras três vezes ao longo dos últimos 15 anos. Em 2007 ele foi preso durante a Operação Taturana, que apurava esquemas de "rachadinhas" na Assembleia Legislativa de Alagoas.

VOLTA AO CARGO - O prazo de afastamento determinado pela Justiça venceu no dia 11 deste mês, mas como não foi renovado, Gilberto Gonçalves se tornou apto a reassumir o cargo.