Alagoas

Brutalidade

Há indícios de violência sexual em criança vítima de queimaduras

A vítima de dois anos e seis meses internada HGE vai passar por exame de conjunção carnal na tarde desta quinta-feira (20)

Por Redação 20/10/2022 13h01 - Atualizado em 20/10/2022 14h02
Há indícios de violência sexual em criança vítima de queimaduras

O Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual de Alagoas (SAVVS) detectou a presença de indícios de outros ferimentos que não correspondem à queimaduras em região próxima ao ânus da criança vítima de agressões e queimaduras. 

De acordo com Andréa Teodósio, coordenadora do SAVVS, rede vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a criança do sexo masculino iria passar por exame no mesmo dia em que foi socorrida, no entanto, por causa da gravidade dos ferimentos, o médico legista da Polícia Científica preferiu que ela fosse socorrida imediatamente para o HGE.

Ela explica que a necessidade do exame ocorre porque, durante o atendimento, alguns sinais foram observados pela equipe multiprofissional. "Existem alguns sinais de dilaceração, arranhões na região anal que não correspondem a queimaduras", afirma Teodósio.

O serviço acionou a Polícia Científica do Estado, em casos de suspeita de crimes de estupro, tanto em adultos como em menores de idade, os exames de lesão corporal para comprovar casos de violência sexual só podem ser realizados por Peritos Oficiais, no caso específico, peritos médicos legistas do Instituto de Medicina Legal. 

Esses exames são realizados no IML de Maceió, IML de Arapiraca, e no Posto do IML que funciona dentro do Hospital da Mulher. 

Em casos excepcionais, diante do estado da vítima, o perito médico legista também pode realizar o exame em unidades de saúdes quando acionados pelos órgãos competentes. A Polícia Científica do Estado de Alagoas afirmou que entrou em tratativa com o HGE para escolher o melhor momento para o profissional ir até a unidade e realizar o procedimento. 

A criança foi atendida inicialmente por Médicos plantonistas da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro dos Martins, em Maceióna terça-feira, e em seguida encaminhada para o Hospital Geral do Estado (HGE) onde foi encaminhada ao Centro de Tratamento de Queimados.

O último boletim divulgado pelo hospital mostra que a criança permanece no Centro de Tratamento de Queimados e seu estado de saúde é estável.

O CASO


A criança sofreu queimaduras na segunda-feira (17), mas a mãe não procurou ajuda médica nem a polícia. A vítima só foi atendida graças a uma testemunha anônima que denunciou o caso à base militar do Osman Loureiro na terça-feira (18). A equipe da Polícia Militar levou a criança à Unidade de Pronto Atendimento no Tabuleiro.A equipe médica afirmou que havia diversos hematomas que aumentaram as suspeitas de agressão, como lesões no olho e na orelha, e que não poderiam ter sido causadas apenas pelas queimaduras. A mãe ainda criou diversas versões para proteger o companheiro principal suspeito do crime.

Segundo informações passadas ao site EM TEMPO NOTÍCIAS, a mãe e o padrasto da criança são usuários de drogas. Além disso, ele é suspeito e envolvimento em uma facção criminosa e na morte de um taxista.

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