O Cruzeiro entra em campo contra o CSA, no próximo domingo (6), no Mineirão, às 18h30, em partida válida pela 38° rodada da Série B. Em duelo que haverá a entrega da taça de campeão para a equipe celeste, Paulo Pezzolano pode ter que quebrar a cabeça para subistiuir titular que será julgado pelo STJD.

A expecativa para a partida é alta, já que, além de receber a taça de campeão da divisão de acesso, o Cruzeiro pode decretar o rebaixamento da equipe alagoana para a Série C do Campeonato Brasileiro.

Foram 113 jogos e três longos anos de uma angustiante espera. Acostumado a glórias, o Cruzeiro sobreviveu ao pior momento da centenária história. Enfim, o dia de se despedir da Série B está próximo. E o adversário não poderia ser mais simbólico: o CSA, citado nominalmente em um dos episódios mais marcantes do fatídico rebaixamento, em 2019.

'Fala, Zezé. Bom dia, cara!' se tornou uma daquelas frases folclóricas do futebol brasileiro. O áudio enviado pelo meio-campista Thiago Neves ao ex-dirigente Zezé Perrella há quase três anos para cobrar salários atrasados vazou, virou piada entre rivais e aumentou o clima de tensão que antecedeu a inédita queda celeste à Segunda Divisão do futebol brasileiro.

Quando ainda havia esperança de manter o clube na Série A, Thiago Neves menosprezou um adversário direto na briga contra o rebaixamento - e que também viria a cair. "Se a gente não ganhar do CSA, pelo amor de Deus", disse o experiente jogador antes da partida. Não só não ganhou, como foi derrotado pela equipe alagoana por 1 a 0, em pleno Mineirão. Ironicamente, o meia chegou até a desperdiçar um pênalti naquela partida.

Desde a gravação, o Cruzeiro enfrentou o CSA em seis oportunidades e não conseguiu vencer. Foram quatro derrotas, dois empates, cinco gols marcados e dez sofridos. No geral, o jejum é ainda maior, já que o último jogo antes do áudio terminou com empate por 1 a 1 em Alagoas.

A vitória mais recente do Cruzeiro sobre o CSA foi em 10 de abril de 2013. Naquela noite, Diego Souza, Dagoberto e Ricardo Goulart marcaram no Rei Pelé e asseguraram o triunfo por 3 a 0, que classificou os mineiros à segunda fase da Copa do Brasil.
Ao todo, o retrospecto contra o próximo adversário ainda é favorável, apesar da recente sequência negativa. Em 14 jogos na história, o Cruzeiro venceu seis, empatou três, perdeu cinco, marcou 20 gols e levou 14.

*MG SUPERESPORTES