Alagoas

OPERAÇÃO

Gêmeos da Rifa: grupo é preso por sonegação em Arapiraca

Pagamento de prêmio de 300 mil reais estava agendado para esta quinta (03))

Por Redação com assessoria 03/11/2022 14h02 - Atualizado em 03/11/2022 16h04
Gêmeos da Rifa: grupo é preso por sonegação em Arapiraca

Quatro pessoas foram presas em Alagoas - sendo três irmãos - e um quinto suspeito encontra-se foragido por sonegação fiscal e a venda de rifas ilegais e de jogos de azar. O delegado Felipe Caldas, da Divisão Especial de Investigações Criminais (Deic), informou, nesta quinta-feira (03), que os ganhadores de veículos dos "Gêmeos da Rifa", alvos de operação de combate à sonegação fiscal e jogos de azar, em Arapiraca, podem ter o prêmio apreendido e até responder por receptação.

Na Bahia, um casal que tinha atuação na quadrilha conseguiu fugir, mas seus advogados já negociam com a Draco, grupo especial da Polícia Civil baiana, a apresentação dos dois acusados.

O grupo promovia sorteios semanais de rifas ilegais - que não tinham autorização - e sonegava impostos. O item sorteado era sempre um veículo de alto valor. 

Seguidores defendem método do "Gêmeos da Rifa"

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos 23 carros, um caminhão, 26 motos, quatro armas de fogo e mais de R$ 120 mil em espécie. Além disso, mais de R$ 65 milhões também foram bloqueados de contas bancárias de empresas e de pessoas físicas. O esquema funcionava há cerca de um ano.

De acordo com o delegado, os criminosos responsáveis pelas rifas eram muito articulados e faziam esses sorteios há mais de um ano na região. "Adquiriam veículo, davam uma repaginada, rebaixavam a suspensão e colocavam rodas de grande tamanho para chamar atenção do público, e sorteavam", detalhou o delegado.

Ainda conforme o delegado, a cada veículo eram vendidas uma média de 100 mil rifas no valor de R$ 10. "A título de exemplo, para uma Picape de R$ 300 mil, R$ 350 mil eram vendidos 100 mil rifas de R$10, uma margem de lucro de R$ 650 mil a R$ 700 mil por veículo", acrescentou.

Em coletiva à imprensa hoje, o delegado disse que a investigação foi iniciada após denuncias de compradores das rifas e constatação da Polícia Civil de que não havia autorização por parte do Ministério da Economia para sorteio dos produtos, entre outros crimes.

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