Alagoas
Confusão entre nomes pode ter causado amputação de paciente no HGE
Idosa perdeu a perna em cirurgia; procedimento deveria ser a correção do tornozelo
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Durante coletiva à imprensa, realizada nesta terça-feira (2), o delegado que investiga o caso da idosa de 73 anos que teve a perna amputada no Hospital Geral do Estado (HGE|), Robervaldo Davino, apontou que a troca de exames envolvendo pacientes com o mesmo nome (Maria José) teria causado o erro médico registrado no dia 21 de abril, na unidade.
Davino respondeu os questionamentos sobre o caso na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), e afirmou que o diretor médico do hospital, um integrante da equipe responsável pelo procedimento na idosa, os familiares e o motorista do carro que prestou ajuda no momento do acidente já foram ouvidos.
"A paciente que sofreu os danos estava com o pé esquerdo lesionado devido a um acidente de trânsito. Como na UPA não dispunha de condições para o tratamento, ela foi transferida para o HGE para fazer apenas uma minicirurgia. Já no hospital, houve a troca dos nomes. Ambas eram 'Maria José'. Então, no momento em que foi feita a cirurgia, houve o erro da pessoa. Conclusão do fato: as duas sofreram amputação. Vou continuar com os depoimentos, ouvindo uma técnica de enfermagem da equipe afastada", disse o delegado. A principal dúvida é saber quem foi o responsável pelo erro.
TROCA - Segundo relatos dos parentes, a outra paciente que realmente iria se submeter ao procedimento de amputação já estava com autorização da família para o ato médico. A família da idosa, por sua vez, não havia sido informada da amputação e quem assinou o termo médico foram os parentes da outra paciente.
"Na verdade, foram dois erros médicos: assim que minha mãe sofreu o acidente e foi encaminhada para a UPA, o laudo dizia que a lesão era no tornozelo esquerdo. Ao entrar no HGE, a lesão apontava o tornozelo direito. Por essa razão, a cirurgia de correção do tornozelo, que deveria ter acontecido no dia 20, ficou para o dia 21. Nesse meio tempo aconteceu a troca de nomes e foi quando ocorreu a cirurgia em que amputaram a perna dela", relatou o filho da vítima, Elinaldo Araújo.
A direção do Hospital Geral do Estado (HGE) informou na última semana que abriu sindicância para apurar o erro médico que causou a amputação da perna da idosa no feriado de Tiradentes.
Em nota encaminhada à imprensa, logo após a repercussão do caso, a unidade hospitalar informou que toda a equipe médica envolvida na cirurgia foi afastada e que a direção vai fazer uma apuração rigorosa do acontecido. Já a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau-AL), lamentou o ocorrido e disse que está prestando toda a assistência à paciente e à família dela.
"Eles podem responder pelo erro médico e por lesão corporal grave, pois houve a perda de um membro por completo", destacou o delegado ao explicar também que outros aspectos podem surgir ao longo da investigação e eles devem ser avaliados.
Participaram da coletiva Elinaldo de Araújo (filho da vítima), Vanessa Vanderley (advogada da família), Priscilla Lessa (presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB), Gilberto Irineu (presidente da Comissão Especial do Idoso), delegado Robervaldo Davino (titular do 6º Distrito) e Tutmes Toledo (vice-presidente da Comissão do Idoso).
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