Nesta terça-feira (2), o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem protocolou um pedido de adiamento da audiência pública marcada para esta quarta-feira (3) pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL). A Defensoria Pública também subscreveu a petição, destinada ao presidente do órgão ambiental, Gustavo Lopes.

O encontro, que será realizado em formato híbrido, com transmissão a partir do auditório da Casa da Indústria, no bairro do Farol, em Maceió, visa à apresentação e discussão do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) das atividades de demolição e de apoio a serem desenvolvidas nas áreas desocupadas em cinco bairros da capital alagoana destruídos pela mineração de sal-gema. A base é o Mapa de Linhas de Ações Prioritárias emitido pela Defesa Civil Municipal, na versão publicada em dezembro de 2020.

Segundo Alexandre Sampaio, jornalista e empresário integrante do MUVB, algumas informações foram sonegadas pelo órgão oficial ou foram disponibilizadas muito perto da audiência, o que impediu que as vítimas pudessem estudar os pontos a serem debatidos e se posicionarem adequadamente.

No documento, o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem e a Defensoria Pública cobram que sejam disponibilizados para acesso da população os Estudos de Impacto Ambiental (EIA), Termos de Referência (TR) e outros documentos relevantes existentes, além do RIMA. Pedem ainda prazo de 45 dias entre a data da convocação da audiência, com a disponibilização em data anterior dos documentos mencionados e a data de realização da audiência, "para que os interessados possam se cientificar do teor destes documentos e assim participar de modo substantivo da audiência a ser realizada". E que a futura audiência seja realizada depois das 18h para permitir o amplo acesso da população.