Alagoas

PRISÃO

Grupo criminoso trocava adesivos de caixas eletrônicos e redirecionava telefonemas para central de atendimento falsa

Por Redação com assessoria 25/05/2023 16h04
Grupo criminoso trocava adesivos de caixas eletrônicos e redirecionava telefonemas para central de atendimento falsa

No início da tarde desta quinta-feira, 25, a Polícia Civil de Alagoas apresentou detalhes sobre as ações de uma quadrilha responsável por ataques a agências bancárias nos estados de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. De acordo com os delegados encarregados das investigações, os criminosos utilizavam táticas de distração, incluindo a troca de adesivos nos caixas eletrônicos, para redirecionar os telefonemas das vítimas a uma central de atendimento falsa. Estima-se que o número de vítimas ultrapasse a casa das dezenas.

O delegado Thales Araújo afirmou que o grupo chamou a atenção da polícia alagoana após um incidente em uma agência bancária no bairro da Pajuçara, onde se aproveitaram de artifícios para distrair as vítimas e realizar a troca de cartões e transferências ilegais. A quadrilha é especializada em explorar vulnerabilidades de pessoas, especialmente idosos e aqueles com dificuldades em operar os caixas de autoatendimento.

"Através de diferentes estratégias, eles conseguem subtrair valores das vítimas. Esses métodos variam desde observar a senha da vítima, provocar colisões ou esbarrões, inventar histórias para trocar o cartão da vítima sem que ela perceba, até distrair a pessoa enquanto ela está realizando um saque, permitindo que outro membro da quadrilha subtraia o dinheiro. Em alguns casos, um indivíduo se passa por um funcionário bancário ou cliente para informar que a máquina está com defeito", explicou Araújo.

As investigações revelaram que o grupo é originário da Paraíba e deslocava-se para os estados da região sul do Nordeste em determinadas épocas do mês, quando idosos costumam receber seus salários e aposentadorias. A quadrilha chegou a criar uma central de atendimento falsa, cujos detalhes foram descobertos após a identificação de três membros do grupo e a emissão de mandados de prisão pela Justiça de Alagoas. Os policiais conseguiram capturá-los em flagrante na Paraíba, o que proporcionou a obtenção de informações cruciais sobre a especialização da organização criminosa.

"Além do mandado de prisão já existente em Alagoas, conseguimos prendê-los em flagrante na Paraíba. Foi uma situação um tanto incomum, mas conseguimos realizar a prisão. A partir desse flagrante, coletamos uma série de elementos informativos que demonstraram o alto grau de especialização dessa organização criminosa", afirmou o delegado Daniel Mayer.

"Mais do que apenas explorar erros cometidos pelas vítimas, que muitas vezes não têm o devido cuidado, essa quadrilha atingiu um nível de especialização a ponto de recrutar um proprietário de uma gráfica para imprimir papéis com logomarcas de bancos, como Caixa Econômica Federal e Banco 24 horas, além de incluir números de telefone correspondentes a uma central de atendimento fictícia da própria organização. Eles substituíam adesivos em todos os caixas eletrônicos de uma agência bancária, quando ela estava fechada, induzindo as pessoas ao erro. Dessa forma, qualquer problema que surgisse no caixa eletrônico levaria a vítima a ligar para uma central que seria atendida pelos suspeitos dos crimes", detalhou Mayer.

A revelação dessas estratégias serve como alerta para a população, especialmente para os grupos mais vulneráveis, sobre a importância de estar atento ao utilizar serviços bancários e reportar qualquer atividade suspeita às autoridades competentes. A cooperação entre as polícias dos estados envolvidos é fundamental para combater essa forma sofisticada de crime e proteger a segurança financeira da população.

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