Alagoas
Laboratório de Análises Clínicas de Maceió realiza baciloscopia para identificação de hanseníase
Além da realização do exame, Maceió também oferta o tratamento completo da doença em todas as unidades de saúde municipais
O Laboratório de Análises Clínicas de Maceió (Laclim) - único equipamento da capital alagoana com oferta exclusiva de exames laboratoriais pelo SUS – disponibiliza para toda a população a Baciloscopia de Raspado Intradérmico para detecção da hanseníase. O exame é realizado todas as quartas-feiras, das 13h às 16h, no laboratório sede, que fica localizado dentro do Pam Salgadinho, no Poço.
A baciloscopia, que funciona como complementar à hipótese clínica para confirmação da doença, inclui coleta, análise e entrega do resultado em até sete dias, por meio do site do Laclim ou na própria sede do laboratório.
Baciloscopia de Raspado Intradérmico é realizada todas as quartas-feiras no Laclim. Foto: Victor Vercant/Secom Maceió
A farmacêutica bioquímica e diretora do Laclim, Kelma Cristina Félix, ressalta a importância do exame para o controle da doença na cidade.
“É um serviço recém inserido na grade de exames realizados pelo laboratório que tem extrema importância, pois colabora decisivamente para o diagnóstico precoce da hanseníase e, consequentemente, para a cura de muitos maceioenses. Um serviço de fácil acesso, que pode ser realizado sem necessidade de agendamento pelo Sistema Regulador do Município”, destaca.
Kelma Cristina Félix, farmacêutica bioquímica e diretora do Laclim. Foto: Arquivo Pessoal
Para ter acesso ao serviço, basta se direcionar até o Laclim. Lá, é preciso apresentar o RG, cartão do Sus e encaminhamento médico em mãos para realizar o agendamento no próprio laboratório. Nos casos em que a hanseníase é detectada, profissionais do laboratório orientam o usuário a procurar a unidade de saúde mais próxima da residência para iniciar o tratamento.
Sobre a doença e o tratamento pelo SUS
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, transmissível e afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. Pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro).
Já os que estão em tratamento regular ou que receberam alta não transmitem. O tratamento dura de seis meses a um ano, mas a partir da primeira dose o paciente já deixa de transmitir a patologia.
A responsável técnica pelo programa de Controle da Hanseníase de Maceió, Vânia Bernardino, fala sobre os principais sinais e sintomas.
“Manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo podem ser indícios de que a pessoa esteja acometida pela hanseníase”, explica.
Vânia Bernardino, responsável técnica pelo Programa de Controle da Hanseníase de Maceió. Foto: Ascom SMS
Pessoas com o exame positivo para hanseníase devem se direcionar a qualquer unidade de saúde de Maceió para receber o correto atendimento. O tratamento é denominado poliquimioterapia única e é realizado mensalmente, por via oral, a partir da associação de três medicamentos.
“É importante diagnosticar e tratar precocemente a hanseníase para evitar a progressão da doença, prevenir incapacidades e reduzir a transmissão. A hanseníase tem cura, que se torna mais fácil e rápida quando o diagnóstico é realizado de forma precoce”, conclui Bernardino.
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