Dois policiais militares invadiram a enfermaria para onde o empresário Edson Lopes havia sido transferido da UTI de AVC no Hospital de Emergência do Agreste (HEA) e o algemaram pelos punhos arbitrariamente na noite desta terça-feira (31). Edson passou a madrugada e parte da manhã de hoje (1) com as algemas até que a defesa dele acionou o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJA-AL), a Polícia Civil e o Juiz que cuida do caso, para cobrar das autoridades explicação para o absurdo, já que existe uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibe o uso de algemas nestas situações.

Até o momento, a direção do hospital não conseguiu identificar os tais policiais que algemaram e deixaram o hospital sem que câmeras de segurança do local os identificassem. Segundo informações colhidas no local, além de algemar o empresário os policiais militares tiraram fotos e divulgaram nas redes sociais.

No final da tarde de hoje, o Relator da caso no Tribunal de Justiça de Alagoas determinou que Edson Lopes continuasse no HEA em razão do seu estado de saúde.

“Até que o mesmo tenha condição de alta médica, quando então, após a devida comunicação pela entidade hospitalar, esta Relatoria avaliará o acautelamento”, disse o Relator. Com isso, fica proibido o seu encaminhamento direto ao presídio depois que receber alta médica.

E a decisão prossegue garantindo ao empresário segurança máxima dentro do hospital.

“Proteção máxima à sua vida e liberdade, sob pena de responsabilidade pessoal dos agentes públicos que ficarem de guarda no local”.

Também foi determinado que o Secretário de Segurança Pública do Estado adote as providências para salvaguardar a integridade física do empresário.