O coordenador do Gabinete de Crise da Prefeitura de Maceió, Claydson Mourinha, confirmou, na manhã desta segunda-feira (11), durante reunião ampliada no Palácio, que os moradores do Bom Parto, Flexais e Marquês de Abrantes já estão incluídos no processo de indenização. "Além de indenizá-los, a Braskem vai rever valores de indenização para não ser injusto com ninguém", informou o gestor.

Segundo Mourinha, o poder público municipal vem garantindo, desde a ameaça de colapso, toda a assistência necessária para os moradores. "Em menos de 24h, a Prefeitura montou uma estrutura para atender mais de 5 mil pessoas. O município já começou a assistir os pescadores que estão impedidos de trabalhar, fornecendo cestas básicas a cada 15 dias", declarou em entrevista à Gazetaweb.

O prefeito, de acordo com Mourinha, reforçou o compromisso com os moradores e informou que não vai abrir mão da realocação da população.

Durante essa semana, a população que reside à beira da lagoa e moradores dos bairros do Pontal da Barra, Vergel e Bom Parto começarão a ser atendidos. A assistência vai contar com 16 secretarias e 30 serviços, que vão desde a causa animal a atendimento psicológico dos desabrigados. "As medidas vão durar até a realocação dos moradores", finaliza o coordenador.

A reunião também contou com a presença do defensor público e Coordenador do Núcleo de Proteção Coletiva da Defensoria Pública, Ricardo Melro, que cobra que os auxílios pagos à população devem ser feitos pela Braskem, e não, pela União. "O lucro da Braskem é privado, não é justo que o prejuízo seja partilhado por toda a comunidade", pontua.

Ele reitera que as populações isoladas precisam ter seus pleitos atendidos pelo poder público.