Um dia após o colapso da mina 18 no bairro do Mutange, em Maceió, os órgãos de monitoramento enfrentam desafios para determinar a extensão da cavidade formada sob as águas da Lagoa Mundaú.

O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, explicou que os dados ainda não foram levantados devido ao equipamento de monitoramento ter sido arrastado pela água. Em entrevista à TV Pajuçara, Nobre afirmou: "Não tem como saber ainda a profundidade porque o instrumento que fazia esta medição antes adentrou na cavidade. Nós perdemos o sinal deste instrumento."

Nobre detalhou que novos equipamentos estão a caminho, inclusive de fora do país, para retomar o monitoramento da evolução da cavidade. "Eles estão a caminho para que possamos acompanhar a evolução da profundidade da cavidade."

A movimentação do solo está sendo monitorada na superfície pelo equipamento DGPS. "Os equipamentos são instalados na superfície e são interligados via satélite. Eles transmitem em tempo real para a Defesa Civil a movimentação do solo a cada 10 segundos", explicou o coordenador, acrescentando que perderam o sinal do DGPS que estava sobre a mina 18 com o colapso.

Após o incidente, a Defesa Civil continua o monitoramento da região. Nobre informou que, até o momento, a movimentação está dentro do esperado. "Neste momento, a gente registra uma movimentação esperada, de normalidade. A metodologia científica aplicada neste processo requer tempo porque é a natureza reagindo a uma agressão a ela feita. Então continuamos com o monitoramento."

O coordenador destacou que o evento ocorreu em uma área já evacuada e segura. "O evento aconteceu juntamente em uma região delimitada, estudada pelos técnicos e em uma área segura, já que toda população que podia ter sido afetada foi realocada em anos anteriores e a região tinha sido evacuada."

Agora, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) irá conduzir o diagnóstico ambiental e a análise dos impactos ambientais, bem como avaliar os prejuízos causados pelo colapso, especialmente na Lagoa Mundaú.

*Alagoas 24h