Alagoas

Alerta em Alagoas

Primeiro Caso de Febre do Oropouche Confirmado

Hospital Escola Dr. Helvio Auto destaca a importância do controle de mosquitos transmissores.

Por Redação com Agência Alagoas 12/07/2024 14h02
Primeiro Caso de Febre do Oropouche Confirmado
Foto: ilustrativa/Freepik

Com a confirmação do primeiro caso de Febre do Oropouche em Alagoas, o Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA) alerta para a necessidade urgente de identificar e controlar a proliferação dos principais transmissores da doença, o mosquito maruim e a muriçoca. Esses mosquitos são comuns em ambientes urbanos e silvestres do estado.

A Febre do Oropouche é causada por um arbovírus isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de uma amostra de sangue de uma bicho-preguiça. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados principalmente na região Amazônica, mas recentemente a doença tem se disseminado para o Centro-Oeste e o Nordeste, incluindo estados como Bahia, Pernambuco, Paraíba e, agora, Alagoas.

Diferente da Dengue, Zika e Chikungunya, que são transmitidas pelo Aedes Aegypti, a Febre do Oropouche é transmitida pelo mosquito maruim e pela muriçoca. O maruim vive em ambientes com matéria orgânica em decomposição e se reproduz em locais alagados. A muriçoca, por sua vez, é mais ativa a partir das 18h em ambientes domésticos e deposita seus ovos em água suja e poluída, como esgotos e córregos.

"Estamos acostumados com o mosquito transmissor da dengue que prefere água limpa e parada. Com a chegada da Febre do Oropouche, devemos nos preocupar também com o maruim e a muriçoca", afirmou o infectologista Fernando Maia, do Hospital Helvio Auto. "O maruim é atraído por lixo orgânico em decomposição, enquanto a muriçoca se prolifera em água suja de esgotos e córregos. Manter os ambientes limpos e o lixo descartado corretamente é essencial para evitar a transmissão da doença."

A Febre do Oropouche apresenta sintomas semelhantes aos da Dengue, mas suas formas graves podem evoluir para complicações neurológicas, como meningite e encefalite. No momento, não existem bioinseticidas oficialmente registrados para combater esses mosquitos. Recomenda-se o uso de óleos de citronela, cravo e folhas de neem, além de telas de proteção em portas e janelas.

Ao menor sinal de febre, dores de cabeça, dores nas articulações, dores musculares, náuseas ou diarreia, procure um serviço de saúde para investigação e tratamento.

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