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Saúde

Gestores da Sesau se reúnem com técnicos municipais para discutir casos de meningite em Maceió

No encontro, foram abordados protocolos clínicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e ações necessárias para prevenção e controle da doença..

Por Redação com Assessoria 22/07/2024 16h04
Gestores da Sesau se reúnem com técnicos municipais para discutir casos de meningite em Maceió
Foto: Olival Santos/ Sesau

O Secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, se reuniu, nesta segunda-feira (22), com técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) para discutir os casos de meningite do tipo B registrados em 2024 na capital. Dos 11 casos confirmados da doença meningocócica em Alagoas, entre janeiro e julho deste ano, nove foram na capital, e dos sete óbitos registrados, cinco foram em Maceió.

Foram abordados os protocolos clínicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS) para prevenção e controle da doença. Por meio de Nota Técnica, o órgão ministerial destacou a importância do diagnóstico e manejo clínico precoce e adequado, além das ações de prevenção e controle que devem ser desencadeadas oportunamente para evitar a ocorrência de casos secundários.

Vale destacar que a Sesau tem seguido rigorosamente as recomendações do MS, que incluem a divulgação do fluxo de regulação assistencial para atenção a Doenças Meningocócicas (DM) com leito zero e a implementação de um protocolo eficaz de classificação de risco nos serviços de saúde da Rede de Atenção às Urgências. Outro ponto diz respeito a disponibilização de um protocolo de manejo clínico para os profissionais de saúde que integram a rede assistencial.

Gustavo Pontes de Miranda destacou que a pasta está comprometida em auxiliar o município de Maceió para que os índices de doenças meningocócicas sejam reduzidos o quanto antes. “Temos adotado as medidas necessárias para, em conjunto com os municípios, garantirmos uma resposta rápida e eficiente aos casos de meningite, assegurando o atendimento adequado e a prevenção de novos casos”, disse o secretário de Estado da Saúde.

Além de Gustavo Pontes, participaram da reunião a secretária executiva de Vigilância em Saúde da Sesau, Thalyne Araújo, o secretário executivo de gestão interna da Sesau, Éder Correia, a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Waldnéa Silva, além de outros técnicos da pasta estadual de saúde. Ainda estiveram presentes na reunião, a diretora de vigilância em Saúde de Maceió, Natália Sá; a coordenadora geral de vigilância em saúde da capital, Júlia Oliveira; a coordenadora técnica de imunização de Maceió, Eunice Amorim, e a coordenadora técnica de Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis do município, Rosicleide Barbosa.

De acordo com o chefe do Gabinete Estadual de Combate às Doenças Infectocontagiosas da Sesau, o infectologista Renee Oliveira, a população deve manter a caderneta de vacinação atualizada e ficar atenta aos sintomas da doença. “A meningite meningocócica é uma doença grave, pode deixar sequelas e até mesmo levar à morte, por isso, reforçamos a importância de manter o calendário vacinal em dia, em conjunto com as demais medidas de prevenção e, ao perceber qualquer sintoma da doença, procurar imediatamente um serviço de saúde mais próximos”, ressaltou.

Sintomas


Renee Oliveira ainda explicou que a meningite meningocócica em específico é causada pelos meningococos Neisseria meningitidis e a transmissão ocorre por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. “Os principais sintomas incluem manchas vermelhas pelo corpo, febre, convulsões, vômito em jato, dor e rigidez na nuca, onde a demanda por atendimento médico deve ser imediato”, enfatizou.

Ao apresentar os sintomas da doença, a pessoa com suspeita da infecção deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para receber atendimento adequado. Após a avaliação médica, caso seja identificada a suspeita do diagnóstico, o paciente será encaminhado a uma unidade de referência. Em casos com sintomas mais complexos, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) funcionam 24 horas por dia para acolher a demanda espontânea.

Prevenção:

A Rede Pública de Saúde oferece vacina contra as formas mais graves de meningite, que são:

- Meningocócica Conjugada C: Doença Meningocócica causada pelo meningococo do sorogrupo C, para crianças de 3 e 5 meses, com reforço ao 1 ano de idade;

- Meningocócica Conjugada A, C, W e Y: Doença Meningocócica causada pelos meningococos dos sorogrupos A, C, W e Y, para adolescentes de 11 a 14 anos;

- Pentavalente: Doença Meningocócica causada pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b, para crianças de 2, 4 e 6 meses de idade;

- Pneumocócica Conjugada 10-Valente: Meningite causada por 10 sorotipos de streptococcus pneumoniae, para crianças de 2 e 4 meses, com reforço ao 1 ano de idade;

- BCG: Meningite tuberculosa, ao nascer em dose única.

Quimioprofilaxia


A quimioprofilaxia somente está indicada para contatos próximos de casos suspeitos de doença meningocócica e meningite por Haemophilusinfluenzae. Os casos secundários são raros, e geralmente ocorrem nas primeiras 48 horas a partir do primeiro caso, independentemente do estado vacinal. São considerados casos próximos, moradores do mesmo domicílio, indivíduos que compartilham o mesmo dormitório, comunicantes de creches e escolas, e pessoas diretamente expostas às secreções do paciente.

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