Alagoas

SEGURANÇA

Polícia Científica revela uso de cocaína por mãe acusada de matar filha em Rio Largo

Resposta conclusiva e rápida do Instituto de Criminalística permite a elucidação de inúmeros tipos de crimes

Por Redação com Agência Alagoas 30/07/2024 11h11
Polícia Científica revela uso de cocaína por mãe acusada de matar filha em Rio Largo

O Instituto de Criminalística de Maceió, da Polícia Científica de Alagoas, divulgou nesta terça-feira (30) o resultado do exame toxicológico de Thamiris Oliveira Braga. A mulher de 35 anos foi presa em flagrante acusada de matar a própria filha, Laura Maria Nascimento Braga, de apenas 7 anos de idade.

O exame revelou a presença de metabolitos da cocaína no sangue e na urina de Thamiris, indicando o uso da droga antes do crime. O resultado da análise toxicológica foi anunciado pelo chefe do Laboratório de Química e Toxicologia, perito criminal Thalmanny Goulart, responsável pelo exame.

Ele explicou que foram analisadas amostras de sangue e urina coletadas no Instituto Médico Legal Estácio de Lima, três dias após o crime, quando a acusada já se encontrava custodiada após ser presa em flagrante. O material foi analisado através da técnica de cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas.

“Foi identificado no sangue a presença de cocaína e um produto do seu metabolismo que é a benzoilecgonina. A análise também detectou a presença desse mesmo metabólito na urina. Considerando que Thamiris estava custodiada, mesmo a coleta tendo sido realizada três dias após o fato imputado a ela, foi possível detectar a presença da cocaína e um dos seus produtos de metabolismo, visto que a Polícia Científica dispõe de um equipamento de alta sensibilidade capaz de detectar essas substancias”, afirmou o perito criminal.

Thalmanny Goulart confirmou ainda que foi encontrada também a substância lidocaína, um anestésico local, comumente presente na cocaína como adulterante, por esse motivo, pode inferir que a lidocaína encontrada é oriunda também do consumo da cocaína. Estudos mostram que a mistura do entorpecente com o fármaco provoca efeitos graves decorrentes de alterações no sistema nervoso central.

Laura Maria foi atingida por golpes de arma branca na casa da família em Rio Largo no dia 6 de julho. Familiares e vizinhos escutaram os pedidos de socorro da criança, mas quando eles conseguiram entrar no imóvel, já encontraram a menina ferida. Ela chegou a ser socorrida para um hospital da cidade, onde entrou óbito.

No IML de Maceió, o exame cadavérico realizado pelo perito médico-legista Joelson Rodrigues confirmou que Laura Maria foi vítima de choque hemorrágico. A necropsia constatou lesões perfuro-cortantes nas regiões cervical, torácica e da cabeça e equimoses provocadas por lesões contusas na região da face, cabeça, pescoço e no flanco esquerdo do corpo da menina.

Os peritos criminais Yuri Atayde e Marina Lacerda Mazanek, responsáveis pela perícia de local no dia crime, explicaram que estiveram no hospital onde o corpo da criança estava e na casa onde aconteceu o infanticídio. Mesmo com a cena do crime alterada, devido à necessidade de tentar salvar a vítima, eles encontraram sangue em todos os cômodos, com maior concentração de sangue no banheiro e na cama da menina.

Todos os laudos periciais, oriundos dos exames realizados pelos Institutos da Polícia Científica de Alagoas, foram encaminhados para a Delegacia de Homicídios de Rio Largo, responsável pelo inquérito policial. A resposta conclusiva e rápida com resultados precisos e confiáveis do Laboratório do IC tem sido fundamental para a solução de diversos delitos, como neste crime de infanticídio.

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