Um ex-funcionário que trabalhou na reforma da Ponte Divaldo Suruagy, onde o trabalhador Eraldo Rodrigues caiu e permanece desaparecido, revelou em entrevista à TV Pajuçara que o local não contava com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados. Ele, que preferiu não se identificar, afirmou que quase sofreu um acidente similar ao de Eraldo, ao pisar em uma tábua que quebrou, sendo salvo por colegas de trabalho que o seguraram.

O ex-funcionário destacou a ausência de EPIs durante a execução das obras. “No meu caso e dos trabalhadores do meu lado, não havia EPI. Quem trabalha em uma altura dessas precisa estar com o EPI amarrado e usando macacão. Somente após meu acidente começaram a fornecer o macacão para os trabalhadores”, revelou.

Além disso, ele relatou que foi contratado para uma função, mas foi deslocado para outra sem receber treinamento ou orientações de segurança.

Em resposta às denúncias, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) declarou que a obra seguia todas as normas de segurança e era fiscalizada diariamente. O órgão assegurou que a construtora responsável disponibilizava os EPIs necessários. A empresa encarregada pela manutenção da ponte afirmou, ao ser procurada pela reportagem, que não tinha conhecimento do acidente.

O caso está gerando preocupações sobre as condições de segurança no local e a possível negligência que pode ter contribuído para o desaparecimento de Eraldo Rodrigues.