Cícero Messias da Silva Júnior, réu pela morte da farmacêutica Marcelle Bulhões, foi condenado a 27 anos e 1 mês de reclusão. O júri popular aconteceu nessa segunda-feira (26), no Fórum do Barro Duro, em Maceió.

Cícero foi denunciado por homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, feminicídio (motivo torpe) e por ter agido de forma a impossibilitar a defesa da vítima. À época, ele confessou o crime, alegando que cometeu o assassinato após uma discussão com Marcelle. 

Amigas próximas relataram que Marcelle sofria ameaças constantes do ex-companheiro e temia pela própria vida. Cícero, que tem histórico de violência contra mulheres, inclusive com passagem pela polícia em 2018 pelo crime de ameaça, confessou o assassinato ao se apresentar na delegacia, no dia seguinte, e esteve preso durante todo o processo judicial.

Marcelle foi brutalmente assassinada a pedradas em 8 de março de 2023, no Dia Internacional da Mulher. O crime foi registrado em uma via pública do bairro Cidade Universitária.

Em entrevista a Tv Pajuçara, o filho de Marcelle falou sobre a condenação. "É uma dor que eu vou carregar para o resto da minha vida. É uma dor para toda a vida. Não é fácil, mas hoje a Justiça foi feita. Nem ele e nem o advogado de defesa dele conseguiram apagar o caráter da minha mãe, que fazia trabalhos sociais", relatou.