Um dos primeiros atos de gestão de Samir Xaud será a nomeação de Gustavo Feijó, ex-prefeito de Boca da Mata e ex-presidente da Federação Alagoana de Futebol, para o cargo de diretor de seleções. A nomeação causou polêmica principalmente pelo caráter político da decisão e pelo valor da remuneração especulada, cerca de R$ 200 mil mensais. A informação é do jornalista Flávio Gomes de Barros.

Feijó voltará a uma função que já ocupou durante os mandatos de Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo, entre 2015 e 2022. No entanto, suas passagens anteriores não renderam resultados expressivos ou notoriedade. A nomeação, segundo fontes da própria entidade, será oficializada após os dois primeiros jogos da Seleção sob comando do técnico Carlo Ancelotti, nos dias 5 e 10 de junho.

A escolha reacende críticas à velha prática de alocar aliados políticos em cargos estratégicos da CBF, contrariando o discurso de modernização e profissionalismo feito por Xaud em sua posse.

Outro nome confirmado na nova gestão é o advogado Flávio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Ele assumirá a diretoria-geral de competições, com foco no calendário nacional. Com formação sólida, incluindo mestrado em gestão esportiva na Universidade de Nova York, e participação na articulação da criação da Liga do Futebol Brasileiro (Libra), Zveiter é visto como uma escolha mais técnica.

Por meio de nota enviado ao Jornal de Alagoas, Feijó negou as informações. Ele alegou, que não houve até o momento nenhuma trativa formal envolvendo ''convites, cargo ou remuneração''. Veja abaixo a nota completa:

NOTA OFICIAL – ASSESSORIA DE GUSTAVO FEIJÓ

A assessoria de Gustavo Feijó vem a público esclarecer que são improcedentes as informações que circulam sobre valores salariais ou tratativas formais com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Gustavo Feijó, ex-vice-presidente da CBF e da Federação Alagoana de Futebol, é uma figura com profundo conhecimento do cenário futebolístico nacional, vê com naturalidade o fato de seu nome ser cogitado para funções de relevância na estrutura do futebol brasileiro.

Contudo, não houve até o momento qualquer tratativa formal envolvendo convites, cargos ou remuneração.

Acreditamos que a CBF atravessa um período importante de reconstrução institucional, e que esse processo exige união, seriedade e compromisso de todos que fazem o futebol brasileiro.

Reforçamos o pedido de cautela na divulgação de informações sem confirmação oficial, sobretudo quando envolvem dados sensíveis e interpretações especulativas.

Assessoria de Comunicação
Gustavo Feijó