Alagoas

Lesaram consumidores

Acusados de aplicar golpes com falsos consórcios em Arapiraca são denunciados pelo MP/AL

Somente uma das empresas denunciadas, por meio dos seus sócios e funcionários, praticou o estelionato contra, pelo menos, 33 vítimas já

Por Redação 06/06/2025 13h01
Acusados de aplicar golpes com falsos consórcios em Arapiraca são denunciados pelo MP/AL
Promotorias de Justiça de Arapiraca - Foto: Ascom MP/AL

O Ministério Público do Estado (MP/AL) denunciou nesta quinta-feira (5) um grupo de operadores de consórcios acusado de participar de um esquema de estelionato que enganou dezenas de moradores em Arapiraca, agreste alagoano. Eles são acusados por participação em crimes que lesaram mais de 50 consumidores interessados em financiamentos.

As investigações apontam que os suspeitos montavam empresas de fachada e atraíam consumidores com propostas vantajosas de crédito. Mas, após receberem os valores iniciais, informavam que se tratava de consórcios e não de financiamentos, frustrando as expectativas das vítimas e causando prejuízos financeiros consideráveis. Em alguns casos, os clientes sequer tinham acesso a qualquer contemplação ou restituição.

De acordo com o promotor que ofereceu a denúncia, Thiago Chacon Delgado, titular da 1ª PJ de Arapiraca, também foi pedido que eles sejam condenados em concurso de crimes, o que significa que as penas podem ser somadas, considerando-se que cada vítima e cada contrato efetivado constitui um crime autônomo. O promotor ainda pediu à Justiça que seja mantida a proibição dos denunciados de trabalharem no mercado financeiro, de modo a evitar que voltem a delinquir e fazerem outras vítimas.

“Somente uma das empresas denunciadas, por meio dos seus sócios e funcionários, praticou o estelionato contra, pelo menos, 33 vítimas já identificadas, fora outras que ainda não conhecemos, o que demonstra que não foi algo pontual feito por algum vendedor desavisado, mas sim uma verdadeira conduta coordenada dos sócios da empresa e alguns funcionários”, ressaltou o promotor.

As investigações revelaram que eles exigiam um pagamento inicial das vítimas e, posteriormente, informavam que se tratava, na verdade, de consórcios, induzindo ao erro e causando prejuízos financeiros significativos. Durante a apuração, constatou-se ainda que nenhuma das cinco empresas envolvidas possuía autorização do Banco Central para operar.

Durante a operação que desmontou o esquema, em dezembro de 2024, veículos de luxo e outros bens foram apreendidos. Agora, o MP/AL defende que esses itens sejam levados a leilão, a fim de ressarcir, pelo menos em parte, os prejuízos enfrentados pelas vítimas.

O processo tramita na 9ª Vara Criminal de Arapiraca e, segundo o Ministério Público, o caso reforça a importância de proteger financeiramente a população e garantir a responsabilização de quem age de má-fé. A instituição também orienta que pessoas que possam ter sido vítimas do mesmo golpe procurem as autoridades, munidas de documentos, para denunciar a prática criminosa.

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