Alagoas
Alagoano é apontado como líder de quadrilha bilionária de mineração ilegal em Minas Gerais
Alan Cavalcante do Nascimento é acusado de comandar esquema que movimentou R$ 4 bilhões e tentou corromper autoridades mineiras; dinheiro era guardado em malas em apartamento em Alagoas
O alagoano Alan Cavalcante do Nascimento foi apontado pela Polícia Federal como o líder de uma organização criminosa responsável por um esquema bilionário de mineração ilegal em Minas Gerais. Segundo investigações, o grupo movimentou mais de R$ 4 bilhões por meio de extrações irregulares de minério de ferro em áreas protegidas, como a Serra do Curral e a Serra de Botafogo, em Ouro Preto.
A denúncia foi revelada no programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (21), com declarações exclusivas da ex-mulher de Alan, que detalhou a estrutura da quadrilha e afirmou que o ex-marido escondia cerca de US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) em malas dentro de um apartamento em Alagoas.
“Ele guardou essas malas num apartamento, com um valor de 10 milhões de dólares”, disse ela.
Segundo o relato, Alan agia com frieza e arrogância, acreditando estar acima da lei.
“Ele é um psicopata que está tratando tudo isso de caso pensado e acha que a Polícia Federal nunca vai pegar ele.”
Ainda de acordo com a ex-companheira, Alan teria comprado imóveis em prédios onde residiam juízas responsáveis por seus processos, numa tentativa de obter vantagens judiciais. Ele também teria incentivado a mulher a se aproximar da família da secretária de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo, para facilitar a liberação de licenças.
A estratégia não funcionou, e a secretária acabou sendo ameaçada pelo sócio de Alan, o que gerou mais um agravante nas investigações.
“Minha ação foi de garantir a legalidade nesse processo, e por isso fui ameaçada”, disse Marília.
Empresa ligada ao grupo movimentou R$ 4 bilhões
A empresa Fleurs Global, apontada como o braço financeiro da organização, foi responsável pelo processamento do minério extraído ilegalmente e movimentou cifras bilionárias nos últimos cinco anos. Em áudios interceptados, Alan chegou a debochar dos impactos ambientais causados:
“Pela quantidade de rejeito que a gente tem e que vai gerar ao longo dos anos, dá para colocar piso em Belo Horizonte toda.”
Enquanto isso, comunidades como a de Botafogo, em Ouro Preto, sofrem com escassez de água e degradação ambiental, consequências diretas da exploração irregular.
Prisão em presídio federal
Após a operação da PF, Alan Cavalcante, juntamente com João Alberto Paixão Lages (ex-deputado estadual) e Helder Adriano de Freitas (especialista em mineração), foi transferido para o presídio federal de segurança máxima em Campo Grande (MS). Esta é a primeira vez que criminosos ambientais são levados a uma penitenciária federal no Brasil.
A Agência Nacional de Mineração reforçou seu apoio às investigações. As defesas dos envolvidos não foram localizadas até o fechamento desta edição.
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