TRANSBORDANDO DINHEIRO E SUSPEIÇÃO
Persistindo no tema do furor lavajatista redivivo com a ação policial/eleitoral contra o governador alagoano, Paulo Dantas, é justo imaginar o resultado se semelhante fúria fosse usada em casos como o escândalo recente do “Cartel do Asfalto”.
O “Cartel do asfalto” é uma investigação em curso no Tribunal de Contas da União sobre supostas irregularidades em obras de pavimentação da Codevasf, cometidas entre 2019 e 2021 e alcançando contratos no valor total de R$ 1 bilhão. Reportagem da Folha de São Paulo informa o que todo mundo sabe: o comando da estatal foi dado de presente ao Centrão, e sobre a ele pesa indícios de outras tantas possíveis falcatruas neste governo “onde não existe corrupção”.
Questão anterior e suspeitosa, é o pulo gigantesco dado pela área de cobertura da Codevasf. Pense num pinote! A nova abrangência da estatal pode até ter tido estudos científicos, mas aprovada sob o tacão do Centrão e sancionada pelo Capetão, traz em si evidências ululantes de falcatrua, pois essa turma não dá ponto sem nó, como já cantarolou o general Helenão. Há dois anos a autarquia levantou voo com o Centrão a bordo, rumo ao infinito e além.
A Codevasf evoluiu da Comissão do Vale do São Francisco (CVSF), em 1948, para Superintendência do Vale do São Francisco (Suvale), em 1967. Em 1974 virou a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, sempre cuidando do Velho Chico. Mas a Lei nº 14.053, de 8 de setembro de 2020, mantendo a sigla, transbordou-a para “as bacias hidrográficas dos rios São Francisco, Parnaíba, Itapecuru, Mearim, Vaza-Barris, Paraíba, Mundaú, Jequiá, Tocantins, Munim, Gurupi, Turiaçu, Pericumã, Una, Real Itapicuru, Paraguaçu, Araguari (AP), Araguari (MG), Jequitinhonha, Mucuri e Pardo, nos Estados de Alagoas, do Amapá, da Bahia, do Ceará, de Goiás, do Maranhão, de Mato Grosso, de Minas Gerais, do Pará, de Pernambuco, do Piauí, de Sergipe e do Tocantins e no Distrito Federal (...)” esclarece o site oficial codevasf.com.br
Essa abrangência toda está nas mãos do Centrão e do Capetão, e rios de dinheiro inundam essas bacias hidrográficas, com resultados previsíveis. Daí a pergunta: O rigor usado pela Polícia Federal e STJ no caso Dantas será utilizado no caso da Codevasf? Segundo a Folha de São Paulo, no TCU, o relator do caso é o Ministro Jorge Oliveira, amigo do falso messias, de quem foi assessor parlamentar na Câmara dos Deputados, e depois comandou a Secretaria-geral da Presidência... “Quêde” o rigor agora?
14 de outubro de 1964 – Martin Luther King Junior recebe o Prêmio Nobel da Paz por sua luta pacífica contra a discriminação racial nos Estados Unidos. Pastor batista nascido no estado da Geórgia (um dos mais racistas) se firmou como o maior líder antirracista defendendo a não-violência como caminho de luta pela afirmação dos direitos civis e, em 1963, havia liderado uma marcha que entrou para a história, onde fez o famoso discurso “Eu tenho um sonho”. O Nobel da Paz foi uma consagração mundial e apoio significativo contra as pressões crescentes que ele recebia do FBI e dos grupos racistas americanos. Quatro anos depois, em 1968, Martin Luther King Jr. foi assassinado, com um tiro de rifle, na cidade de Memphis (Tennessee), onde havia ido defender uma greve de trabalhadores. Ele tinha 39 anos quando morreu e o crime nunca foi esclarecido totalmente. Fonte: www.historiadomundo.com.br
últimas
-
POLÍCIA
Primos são presos com artefatos explosivos após denúncia no bairro de Santa Lúcia
-
SAÚDE
Governo processa 17 planos de saúde por cancelamentos unilaterais
-
BRASIL
Caixa demite ex-vice-presidente por assédio sexual e moral
-
TRIBUTOS
Sefaz-AL intensifica operações para proteger o bom contribuinte
-
SAÚDE
Sesau reforça orientações para o combate à Dengue em Alagoas