Edberto Ticianelli

* Este texto não reflete necessariamente a opinião do Em Tempo Notícias

Ipioca e a Igreja de Nossa Senhora do Ó em Maceió

15/10/2022 10h10 - Atualizado em 15/10/2022 15h03
Ipioca e a Igreja de Nossa Senhora do Ó em Maceió
Igreja de Nossa Senhora do Ó em 1924


A denominação vem do Riacho Pioca. Nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras do XX, conviveram as duas formas da denominação do lugar: Pioca e Ipioca. A partir dos anos da década de 1930, Ipioca passou a predominar.

É provável que o povoamento do hoje Distrito de Floriano Peixoto tenha precedido ao de Maceió, que também se originou da mesma atividade.

Não há registros precisos sobre a data da sua construção, mas sobre o povoamento de Pioca ou Ipioca, sabe-se que um antigo cruzeiro que ficava no largo onde se construiu a igreja tinha uma inscrição com a data de 1627.

A igreja tem características arquitetônicas dos fins do século XVIII. Pode ter sido erguida nesse período. Algumas pesquisas situam sua construção em 1785, indicando também que sofreu intervenções ornamentais no século XIX.

Um relatório de 1874 da Diretoria Geral de Estatística do Ministério dos Negócios do Império publicou que a data da criação da paróquia de Nossa Senhora do Ó e Santo Antônio do Mirim do Pioca ocorreu em 22 de janeiro de 1792. O bispo de Pernambuco a “julga criada de 1782 a 1785”.

Sabe-se que a criação da freguesia de Ipioca ocorreu em 1713 e ainda que a instalação da Irmandade do Santíssimo Sacramento do Meirim se deu em 19 de dezembro de 1878.

Nas primeiras décadas do século XIX, o local ainda era conhecido como Santo Antônio do Meirim e a Matriz também era do Meirim, sob o curato de Nossa Senhora do Ó e Santo Antônio do Mirim do Pioca.

No início do século XXI a igreja foi abandonada. Ameaçada de desmoronamento, sofreu interdição da Defesa Civil em 2013. Somente em 2015 foi que a histórica igreja de N. S. do Ó recebeu investimentos públicos para a sua recuperação.