HOJE NA HISTÓRIA
24 de outubro de 1929 – Crach na Bolsa de Nova Iorque, o maior desastre do capitalismo moderno. Num resumo bem camarada feito pela Wikipédia, “essa quebra repercutiu na maior parte dos países. Muitas pessoas perderam os seus empregos, havia pânico entre as pessoas, levando algumas ao suicídio, inclusive 11 grandes especuladores da bolsa. O desemprego aumentou, a produção industrial americana ficou reduzida a 54%, e o mercado perdeu mais de 30 bilhões de dólares em dois dias”. O Crach (Quebra), em verdade, foi uma tragédia muito mais gigantesca e se estendeu, ao longo de quase uma década, por praticamente todo o planeta.
Suas consequências perniciosas nunca foram completamente mapeadas, inclusive o número de mortes causadas em escala mundial. Mas é consenso que a quebra da Bolsa de Nova Iorque, em seus reflexos terríveis na Alemanha (já combalida financeiramente pelas obrigações da I Grande Guerra), foi um dos principais elementos aproveitados pelo Nazismo para tomar o poder. A violenta crítica dos nazistas ao “controle judeu das altas finanças”, ao “capitalismo judeu”, também se relaciona aos efeitos da tragédia de 29 no sistema financeiro mundial e, em particular, na economia alemã.
Na cultura ocidental, um momento dessa magnitude não passaria em vão. As consequências da grande depressão subsequente à quebra de 1929 são o pano de fundo para obras extraordinárias como “As vinhas da ira” (1939), romance de John Steinbeck magistralmente vertido para o cinema em 1940. Chaplin tece um panorama fiel com seu talento tragicômico em “Tempos Modernos” (1936) e mais trágico que cômico em “Monsieur Verdoux” (1947). Dentre os filmes que focam no ambiente pós-Crach (ou Crack) o site cineplot.com.br lista 12 como os principais, aqui alinhados por ordem cronológica.
1 – O Anjo Azul (1930)
2 – Caçadoras de Ouro (1932)
3 – Loucura Americana (1932)
4 – O Pão Nosso (1934)
5 – Tempos Modernos (1936)
6 – As Vinhas da Ira (1940)
7 – O Sol é Para Todos (1962)
8 – Bonnie e Clyde (1967)
9 – A Noite dos Desesperados (1969)
10 – O Imperador do Norte (1973)
11 – Lua de Papel (1973)
12 – A Rosa Púrpura do Cairo (1978)
OLHAR FEMININO
Dorothea Lange (1895/1965) percorreu, nos anos 30, os campos do Sul e do Oeste dos Estados Unidos, fotografando a explosão de miséria em consequência da Quebra de 1929, quando os camponeses e proprietários rurais perderam – em massa – suas terras hipotecadas aos bancos.
“Mãe Migrante” – foto de Dorothea Lange: Florence Thompson e filhos, entre os refugiados num acampamento para desempregados agrícolas, na área rural de Los Angels, em 1936
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