Wadson Regis

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Maceió está uma festa. Mas pode virar farra

Por Wadson Regis 23/02/2023 10h10
Maceió está uma festa. Mas pode virar farra

Da folia à vida real. Mas, antes, um alerta que pode mudar os embalos na badalada Maceió.

Quando Ronaldo Lessa assumiu a Prefeitura de Maceió (1993 a 1997) precisou prestigiar um parceiro político, que havia ficado na primeira suplência, na Câmara de Vereadores. O prefeito optou por procurar Givaldo Carimbão, que estava em seu primeiro mandato como vereador. Ronaldo fez os argumentos, deixou claro que algumas pastas como Saúde, Educação e Finanças estariam fora da negociação e propôs que Carimbão escolhesse que secretaria queria assumir para que Petrúcio Bandeira assumisse. Safo até os dentes, Carimbão disse: Ok! Quero a SMCCU (Secretaria Municipal de Controle e Convívio Urbano). Ronaldo rebateu: Não, Carimbão. Essa é problemática. Vamos ter dor de cabeça para arrumar. Escolha outra. Carimbão foi contundente: Quero a SMCCU. É a pior que tem. Pior não ficará. E, com certeza, ninguém reclamará. Ronaldo: você é quem sabe.

Foi através da SMCCU que Carimbão se fortaleceu com o setor produtivo da capital e partiu para seus 5 mandatos na Câmara Federal. (ele me contou esse ocorrido há alguns anos)

A moral da história é que Carimbão sabia o que queria e o convite de Ronaldo (que não sabia dos planos do então lojista, eleito vereador) acabou sendo a oportunidade que o visionário Carimbão pegou com as duas mãos.

A lição (ou case) de Carimbão não está na playlist da maioria dos políticos caçadores de espaços nas gestões de aliados. Por exemplo: Tem gente (do contra à gestão JHC) dizendo que o prefeito está bem nas pesquisas pelo volume de eventos promovidos através da FMAC (Fundação de Ação Cultural de Maceió). E quem pensa assim tem razão (em parte). Só em 2022, a capital alagoana investiu mais de R$ 18 milhões em 73 eventos. Foram 156 dias de eventos, com 1.200 apresentações locais.

E por que sei disso? Porque tomei conhecimento que um novo aliado de JHC está de olho na FMAC. Detalhe: a Fundação já tem todo calendário de 2023 pronto. Ou seja: Se o superintende João Hugo Lyra cair, deixará tudo planejado. Quem quer a FMAC, que pulsa energias positivas desde a gestão de Rui Palmeira, com o comando do Vinícius Palmeira, pode, se o pedido for aceito, promover uma verdadeira farra nas festas e eventos já definidos.

A política tem dessas coisas.

Ah! Com relação a João Hugo Lyra não o conheço pessoalmente, mas reconheço o vasto calendário.

Em tempo: Ronaldo Lessa tinha as pastas inegociáveis. Será que a FMAC está na lista de JHC?