Wadson Regis

* Este texto não reflete necessariamente a opinião do Em Tempo Notícias

Prefeitura descobre ‘fábrica clandestina de fezes’. Desafio para JHC

Após fiscalização BRK agiu rápido para evitar a invasão de fezes no edifício

Por Wadson Regis, AL1 01/03/2023 11h11
Prefeitura descobre ‘fábrica clandestina de fezes’. Desafio para JHC

A Prefeitura de Maceió, através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet), está com um robô inteligente vasculhando a rede de águas pluviais nos bairros de Maceió. Num dos edifícios foi detectado que o esgoto estava, de maneira irregular, sendo jogado na rede pluvial.

IMEDIATAMENTE após o fato constatado, o servidor da Sedet tamponou a saída do esgoto, que deixou de ir para a rede, mas TAMBÉM IMEDIATAMENTE retornou para o edifício, surpreendendo moradores com as fezes de volta pela tubulação em seus banheiros. Neste caso, se não fosse a ação rápida da BRK, a tubulação não suportaria e seria LITERALMENTE uma invasão de cocô e xixi em todos os apartamentos e outras áreas do prédio.

Começam aí os detalhes da escolha de JHC: Pelo que está escrito na lei, a decisão do servidor público foi correta. Cumpriu a lei. O detalhe é o seguinte: O referido edifício paga, desde que os moradores foram autorizados a morar, os boletos de água e esgoto. O condomínio também está respaldado pelas licenças junto à Casal (que era responsável pela liberação) e pela própria Prefeitura.

Outra informação importante: O mesmo servidor disse que algumas construtoras (palavras dele) fazem esse procedimento erróneo há anos, porque sabiam que a tecnologia da Casal e Prefeitura não chegaria até as profundezas desse fedorento escândalo.

Moral da história: Pela lei, deve tamponar a rede imediatamente. O problema é que os moradores pagam a taxa de esgoto e haviam sido enganados pela construtora, que fez a ligação. Aliás, O HABITE-SE (licença concedida pela Prefeitura para permitir a utilização do local para a construção de um imóvel é o documento em que declara que o imóvel foi construído de acordo com as normas municipais e pode ser habitado) foi concebido à referida construtora.

Como a operação com o robô está nas ruas, a questão é: no caso do edifício flagrado, se não fosse a ação rápida da BRK certamente a mídia estaria publicando que moradores deixam prédio às pressas após o retorno de fezes e xixi em seus banheiros.

Perguntei a um servidor: não há como definir um prazo para efetuar o tamponamento da rede, até que a situação seja resolvida, e evitar que os moradores sejam prejudicados por algo que não é de responsabilidade do condomínio? O que é um dia, em relação aos 9 anos do edifício jogando na rede? 

RESPOSTA: temos que cumprir a lei. Mas o erro foi da construtora, ponderou o síndico: Aí o senhor deve entrar com uma ação contra a construtora, sugeriu o servidor (já mais graduado). Então, antes de multar, já que o serviço foi executado rapidamente pela BRK, vamos agir juntos, porque esse problema será recorrente em muitos outros empreendimentos, reforçou o síndico.

A questão está em andamento. É aí onde o prefeito JHC precisará decidir de que lado está: Se das construtoras (culpadas) ou pelo diálogo aberto que não puna quem também foi enganado.

É um escândalo antigo, mas agora está nas mãos do atual prefeito.