Wadson Regis

* Este texto não reflete necessariamente a opinião do Em Tempo Notícias

De bom mesmo, NADA!

Por Wadson Regis 06/03/2023 10h10
De bom mesmo, NADA!

O modelo político brasileiro é bizarro, no comparativo com os países onde a atividade política é alicerçada pela ética, moral, bons costumes e projetos voltados para atender pessoas e os lugares onde moram.

No mesmo Brasil - e Alagoas não foge à regra -, o cuidar das pessoas é palavra de ordem. Mas apenas da boca pra fora (meu bem).

Não preciso ir longe para explicar. Funciona com o governo (estadual e municipal) fuzilando o antecessor e se enaltecendo a cada metro quadrado de paralelepípedo que inaugura. Cuidar das pessoas, de verdade, tem o simbolismo do enterro de anão. Sabemos que há os bem intencionados, mas quem são? onde eles estão? como vivem? o que fazem para transformar vidas?

Passados dois meses de 2023 já ouvimos muitos discursos (da boca pra fora) alardeando que defenderão causas e serão os guardiões dos mais necessitados. Tem até quem já destinou ambulância para atender uma comunidade. Política não precisa de guardião (com esse tipo de intenção). E se essa fake news funcionasse o Brasil e Alagoas não teriam tanta gente sobrevivendo abaixo da linha da pobreza e tanta gente sem emprego, tanta gente sem estudar.

Nos países promissores quando uma unidade de saúde é aberta é motivo de preocupação, por aqui abre-se e fazem festa, como se fosse uma vitória pela vida.

Prevenção e proteção não estão na cartilha da atividade política. Aqui o forte é o enfrentamento, o combate, números, comparativos. Em alguns casos até melhora, mas é porque a situação ainda é de calamidade.

Por tanto, nobres... o quantitativo de espernear ter 200 indicações, 100 projetos, calçar ou pavimentar ruas e avenidas vale muito menos que a construção de uma escola em tempo integral digna, o médico da família presente todos os dias, a criação de oportunidades de trabalho.

O quantitativo alardeado sucumbe diante da ausência do legado ao final de um mandato.