Tic Tac Tic Tac / Por Enio Lins

* Este texto não reflete necessariamente a opinião do Em Tempo Notícias

Bienal de Alagoas, patrimônio vivo de nossa cultura

Por Enio Lins 11/08/2023 08h08
Bienal de Alagoas, patrimônio vivo de nossa cultura

Hoje será aberta, com toda pompa e circunstância – justíssimas, por sinal – a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. E, tenha certeza, este evento permanente é de relevância nacional. Não é ´pouca coisa.

No começo, era a Bienal do Livro e da Arte de Alagoas. A primeira edição – se não me falha a memória – foi realizada no ano de 1998, montada nas instalações do Iate Clube Pajussara (com dois ss), de arquitetura modernista, que nem mais existe.

Desde o começo, a organização é da UFAL, a Universidade Federal de Alagoas. A EDUFAL, a popular Editora Universitária, foi a mãe da ideia, com Leda Guerra na organização pioneira, com o decidido apoio do reitor Rogério Pinheiro.

Eraldo Ferraz, Sheila Maluf, Lídia Torres, Elvira Barreto – dentre outros – foram os demais nomes que brilharam, em seguida, no comando da Bienal durante esse quarto de século. Sheila está de volta ao comando nesta décima edição.

Ana Dayse, Eurico Lôbo, Valéria Correia e Josealdo Tonholo, demais ocupantes da Reitoria da Ufal, mobilizaram o conjunto da instituição para o engajamento em cada uma dessas edições. Se a memória tiver trastejado, me corrijam – por favor.

Enfim, estamos na décima edição. Ressalte-se, como elemento positivo a mais para a Bienal, que em Alagoas é alto o índice de mortalidade de eventos permanentes: realizações como o Festival de Cinema e o Festival de Verão morreram ainda bebês.

Relembrando: o Festival de Cinema era em Penedo e o Festival de Verão em Marechal Deodoro, ambos principiados nos anos 70, com enorme sucesso – apesar disso, faleceram na década seguinte por inanição governamental.

Dos grandes eventos alagoanos que atraiam multidões no passado, restou – solitário – a “Exposição da Pecuária”. Tenho a impressão de que o Baile da Chita, em Paulo Jacinto, possa ser uma segunda constatação de sobrevivência.

Por tudo, aplausos para Josealdo Tonholo, Sheila Maluf, e toda Ufal. Aplausos para Paulo Dantas, governador; Vinícius Nobre Lages, presidente do Sebrae. Aplausos para os demais apoiadores. E aplausos para o público, sempre fantástico!

HOJENA HISTÓRIA

Hedy Lamarr e George Antheil: artistas e cientistas11 de agosto de 1942 – Hedy Lamarr (nome artístico da austríaca Hedwig Eva Maria Keisler), musa do cinema americano, e cientista, juntamente com o compositor George Antheil, patenteiam a invenção de ambos para um “sistema de comunicação por espectro de difusão em frequência alternada”, hoje popularmente conhecido como Wi-Fi.

Lamar (1914/2000) – estrela de cinema por 28 anos, uma grande referência internacional da beleza feminina –, em parceria com Antheil (1900/1959), desenvolveu essa invenção voltada para as forças armadas dos Estados Unidos, como reforço tecnológico às comunicações entre as tropas aliadas durante a II Grande Guerra Mundial. Posteriormente, o Wi-Fi foi popularizado pela telefonia celular.