Com riscos e limitações, cirurgia de lipoaspiração de papada apresenta mais pontos negativos do que positivos
De acordo com o cirurgião bucomaxilofacial Dr. Rafael Evaristo, o procedimento proporciona resultados abaixo do esperado e pode causar sequelas irreversíveis
A lipoaspiração de papada, embora seja uma opção popular para tratar o acúmulo de gordura indesejada na região do pescoço e queixo, apresenta consideráveis contraindicações e potenciais riscos.
Embora seja pouco invasivo, o procedimento pode resultar em complicações como infecções, hematomas, assimetrias faciais e lesões nervosas devido à proximidade de estruturas sensíveis. Além disso, a pele na região da papada é extremamente flexível, o que pode levar a resultados estéticos insatisfatórios, como flacidez após a remoção da gordura.
De acordo com o Dr. Rafael Evaristo, cirurgião bucomaxilofacial e referência no país em cirurgia de rejuvenescimento facial, apesar da popularidade da lipoaspiração de papada como uma intervenção estética, é importante estar ciente de que os resultados alcançados são limitados. “O procedimento tende a retirar apenas 10% do volume de gordura e, em casos de indivíduos obesos, a redução pode variar entre 15% a 20%. A baixa diminuição ressalta a necessidade de gerenciar expectativas realistas em relação aos resultados finais, especialmente para aqueles que buscam uma transformação mais significativa na aparência do pescoço e do queixo”, relata.
Para o especialista, aqueles que buscam esse tipo de procedimento estão à procura de um contorno mandibular mais harmonioso. No entanto, a lipoaspiração de papada não contribui para essa finalidade. “Os contornos dos ossos da mandíbula se dão, majoritariamente, pela musculatura daquela região. Quando esses músculos estão frouxos, não permitem que os ossos que proporcionam volume facial fiquem expostos. Por isso, o mais indicado para transformar a região da papada é uma cirurgia que ofereça sustentação a esses músculos”, revela.
Segundo Evaristo, algumas consequências tornam a lipoaspiração de papada desencorajadora. “Além do resultado apresentado ser extremamente baixo, esse tipo de procedimento deixa sequelas que podem ser irreversíveis. A pele do pescoço é extremamente flexível e possui pouco colágeno, podendo se tornar muito flácida. Atualmente, não existem tratamentos não cirúrgicos que possam minimizar esses efeitos, sendo necessário a realização de procedimentos que podem causar grandes cicatrízes”, declara.
O cirurgião acredita que o melhor caminho é manter cuidados de prevenção na papada. “O primeiro passo é tirar o peso da pele, trabalhando para que os músculos internos passem por uma hipertrofia e fiquem mais firmes. Além disso, é preciso estimular o colágeno para elevar a sustentação e evitar potenciais ptoses musculares. Caso o resultado esperado não seja alcançado, existem procedimentos menos invasivos que a lipoaspiração, com métodos que trabalham com a contração dos músculos da base do pescoço e oferecem resultados mais expressívos”, finaliza.
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