Missão estratégica, cidadã, do ensino público e gratuito
Reportagem de destaque, domingo, no site UOL, um dos mais visitados em todo país, assinada pelo brilhante Carlos Madeiro, tem como manchete: “Filho de cortador de cana se forma médico e 'aposenta' o pai: 'Retribuição’”.
“João Vicente da Silva, 47, finalmente deixou o trabalho braçal este ano. Mas, não, ele não se aposentou: a vida da família mudou porque o filho Mauricio Bernardo da Silva, 23, se formou em medicina, arrumou empregos e tirou o pai da dura rotina dos chamados ‘boias-frias’”.
“Maurício se formou no último dia 11 após seis anos de estudos na Ufal (Universidade Federal de Alagoas) de Arapiraca, no agreste alagoano. Ele e a família sempre viveram em uma casa humilde no bairro do Cruzeiro, no município de São Sebastião (126 km de Maceió)”.Acima vão os primeiros parágrafos da matéria de Madeiro, linhas que informam o principal daquela pauta, confirmando o que gente de coração raso insiste em ignorar: a importância do ensino público e gratuito no nível superior.
Maurício Bernardo não é caso isolado de jovens viventes das classes mais sofridas, exploradas, que ascendem profissional e socialmente através do elevador das universidades públicas e gratuitas. Mas, do corte de cana, é raro.
Raro porque as instituições de ensino público ainda não têm o condão de, num passe quase de mágica, tirar do trabalho excruciante milhões que merecem – por próprio esforço – ascender profissional e socialmente.
Aos pobres, se coloca a imperiosidade de trabalhar de sol a sol para tão-somente sobreviver, sem chance de poupar, mais das vezes sem reservas de energia vital para, ao final da jornada diária, debruçarem-se sobre livros.
Nestas condições, as redes públicas (e gratuitas) de ensino – municipais, estaduais e federais – são as únicas chances disponíveis para vencer as duríssimas condições de vida a que está submetida a grande maioria da população brasileira.
Na foto do UOL, um radiante formando e um emocionado Reitor compartilham a cena. Ambos ululantemente felizes: Maurício, por romper os grilhões sociais; Tonholo, por garantir o bom funcionamento da Ufal contra todas as dificuldades.
HOJE NA HISTÓRIA
24 de outubro de 1669 – Uma das datas supostas para a fundação do Forte de São José da Barra do Rio Negro, área que se tornaria a cidade de Manaus. Os antigos documentos também denominavam a edificação como Fortim de São José e/ou Fortaleza do Rio Negro.
Existem divergências sobre a data de construção e o nome do construtor. A Wikipédia, citando o historiador Mário Ypiranga Monteiro, diz que a cidadela seria “Simples fortim, provavelmente de faxina e terra, apresentava planta no formato de um polígono quadrangular, sem fosso. Estava artilhado [armado] com quatro peças de calibres 3 e 1. De sua guarnição (270 homens), saíam os destacamentos para guarnecer os fortes e presídios dos rios Negro, Branco, Solimões e Içá, bem como para os registros do Rio Madeira (SOUZA, 1885:57; GARRIDO, 1940:18). O seu primeiro comandante foi o Capitão Ângelo de Barros (Sampaio, 1775. apud SILVA, 1992:153)”.
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