Cultura

LITERATURA HISTÓRICA

Revisitando a história

Historiador Douglas Apratto Tenório lança mais quatro obras que desnudam e levantam discussão sobre o passado e a construção do presente de Alagoas

Por Redação com Assessoria 03/12/2022 16h04 - Atualizado em 04/12/2022 08h08
Revisitando a história

O professor, escritor e historiador Douglas Apratto é um dos intelectuais mais produtivos em Alagoas. É dele livros que contam detalhes da separação de Alagoas e Pernambuco, um levantamento dos casarões pertencentes a antigos engenhos de açúcar, um interessante compêndio sobre o Instituto Geográfico e isso, só para citar algumas de suas obras que sempre levantam importantes discussões sobre a construção do Estado de Alagoas e seus desdobramentos.

Desta vez, o produtivo professor lança mais quatro obras de passagens históricas que contribuíram para o desenvolvimento do povo alagoano. São elas: "As vilas operárias, a mulher e o algodão em Alagoas"; "O Silêncio dos Esquecidos: a vida intelectual nascente em uma província periférica"; "A presença Holandesa: a história da guerra do açúcar vista por Alagoas" e "A Tragédia do Populismo: o impeachment de Muniz Falcão".

O lançamento, será realizado durante mais uma edição o projeto Chá de Memória, que acontece na próxima terça-feira (6), no Arquivo Público, em Jaraguá.

O tema central do Chá de Memória trata sobre "A Formação da Intelectualidade Alagoana no Século XIX". Além do lançamento dos livros, a programação Feminina de Combate ao Câncer de Alagoas. As obras estão sendo lançadas pela Editora Cesmac, Editora da Universidade Estadual de Alagoas (Edufal), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e Imprensa Oficial Graciliano Ramos.

De acordo com Douglas Apratto, "As vilas operárias, a mulher e o algodão em Alagoas" percorre um caminho interessante, um trabalho de pesquisa que faz enxergar o crescimento de um povo e suas contribuições para o crescer econômico do estado. Apratto oferece nesse estudo um desdobramento do projeto dos calendários anuais da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas que apresentaram Tecelagem da Memória um estudo apresentando o algodão na formação econômica de Alagoas como um produto agrícola que se estabeleceu na base do trabalho escravo, levando a um surto de desenvolvimento tão esquecido na hinterlândia, dando visibilidade ao esquecido mundo têxtil.

No interessante "O silêncio dos esquecidos: a vida intelectual nascente em uma província periférica", o professor e autor quase assume um papel de sociólogo. E, 11 capítulos "se impõe feito extenso painel e devido a seu aspecto policromático. Mescla prosaico e erudito. Constitui monografia de recortes (um tantinho desconexa, reconheça-se, em razão do que ambiciona emoldurar), todavia dotada de abrangência. Contempla sugestão e diversidade", como fala um trecho do livro.

"A presença holandesa: a história da guerra do açúcar vista por Alagoas" é um livro construído sobre uma admirável metodologia, que alarga e aprofunda o conteúdo estudado, escapando da velha dicotomia da reflexão historiográfica brasileira contemporânea. Em vários níveis e tipos do real, nós vemos o pensamento do autor se constituir pela exploração de conceitos claros e objetivos, o que lhe permite deixar de lado o modo meramente descritivo dos fatos, para tratá-los de maneira dinâmica, ressaltando principalmente a sua interação no processo histórico.

"A Tragédia do Populismo: o impeachment de Muniz Falcão" – A obra, inicialmente escrita em meados da última década do século 20, oferece ao leitor a possibilidade de conhecer alguns homens que fizeram a história do estado de Alagoas, como também lhe permite a compreensão de tratar-se o populismo de uma ideologia embasada em conjunto de práticas políticas que se justificam como um apelo ao povo, geralmente confrontando esse grupo à elite local.

Essas duas comunidades possuem, teoricamente, interesses irreconciliáveis; contudo, com o decorrer dos anos, surgem líderes que por determinado período se apresentam não somente como acreditados e adorados, para logo naufragarem envoltos nas chamas da tragédia.

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