Cultura
Festas juninas abrem oportunidades de negócio o ano inteiro
Marcello Candido é MEI e transformou o hobby de fotografar as quadrilhas de São João em um meio de vida.
De março a setembro, o olhar de Marcello Candido fica completamente voltado para bandeirolas, balões e brincantes. Fotógrafo especializado em São João, o profissional define que 70% da sua agenda de trabalho do ano é exclusiva para fotografar um dos elementos mais emblemáticos dessa tradição cultural: as quadrilhas.
Ele conta que começou a fotografar o movimento despretensiosamente, com uma câmera fotográfica amadora, mas o hobby virou profissão quando foi demitido do emprego e, com a rescisão, investiu em equipamentos profissionais. “Dei uma boa deslanchada”, avalia.
Com isso, Candido conseguiu visibilidade e reconhecimento, tanto que é procurado por grande parte dos grupos de quadrilha no Distrito Federal (DF).
"Consegui achar uma brecha e me encaixar, agora faço cultura de uma outra forma. Não esperava que realmente pudesse ser reconhecido como sou, ganhar dinheiro como ganho e estar dentro do movimento junino. Mexendo com quadrilha, eu tenho meu ganha pão" afirmou.
Embora não existam números exatos disponíveis sobre quanto as quadrilhas juninas impactam a economia no Brasil, o exemplo do fotógrafo Marcello Candido reforça o fato de que os pequenos negócios são beneficiados por esse movimento da cultura popular: cada quadrilha tem uma equipe de profissionais que atuam em uma dinâmica parecida com o Carnaval – costureiros, maquiadores, coreógrafos e, as mais profissionalizadas, até equipe de comunicação.
Fomento e capacitaçãoO presidente da quadrilha Formiga da Roça, Patrese Ricardo, é proponente de um projeto que promove o movimento junino e capacita as pessoas dessa cadeia produtiva. Este ano é a segunda edição do Giro Cultural, que desde o início do ano letivo tem percorrido escolas públicas no DF e oferece cursos de automaquiagem e penteado para os brincantes.
Até 25 de junho, o Giro Cultural vai somar 68 apresentações, com 40 grupos de quadrilha. Sobre as oficinas, o objetivo é capacitar as pessoas que já desempenham essa tarefa dentro dos grupos. Serão 34 no total, com encerramento no início de junho, tendo em vista o início do São João. “Cada dia é em um local diferente, inclusive nos finais de semana. Cada oficina tem duração de 4h”, afirma.
O projeto é custeado com recursos do Ministério da Cultura. “As quadrilhas que não conseguem se profissionalizar vivem de apresentações esporádicas. As profissionais já entenderam o mercado do entretenimento”, avalia o produtor cultural Tiago Luniere. Segundo ele, o mercado é competitivo e as quadrilhas são encaradas como um negócio.
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