Cultura
Semana do Folclore exalta a riqueza cultural alagoana e atrai grande público em Maceió e Coruripe
As atividades atraíram público de diversas idades.
A Semana do Folclore, realizada entre os dias 20 e 24 de agosto em Maceió e Coruripe, foi um grande sucesso. Os eventos atraíram um público diversificado e engajado. Promovida pela Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas (Secult), a programação celebrou as tradições culturais alagoanas com apresentações de grupos folclóricos, oficinas e exposições.
A exposição “Folclore: Cores e Ritmos”, do artista plástico alagoano Roniekson Okobayewe, encantou os amantes da cultura que se maravilharam tanto com as obras quanto com as manifestações culturais e atividades diversas no Shopping Pátio Maceió. Para o artista, o apoio do Governo de Alagoas em projetos como esse é essencial para os fazedores de cultura do Estado.
"Se não fosse pela Secult, na verdade, isso não aconteceria. Hoje, é muito difícil manter vivas as tradições sem o apoio governamental. E, com a presença ativa do governo, conseguimos expandir toda a produção cultural e fortalecer nossa identidade", destacou.
No local, o público pôde desfrutar de diversas atrações, incluindo apresentações de folguedos como Axé Zumbi, Fandango, Guerreiros Alagoanos, Baianas e Pastoril, além de participar de oficinas de chapéus de guerreiro, bizunga, bonecos, chaveiros e pinturas.
Davison Veloso, um dos visitantes, aproveitou para curtir as atividades após o trabalho e destacou a importância do evento para a valorização cultural. “Minha família é de Viçosa, berço do folclore alagoano, então eu tenho uma relação indireta com o folclore. Eventos como esse precisam acontecer com mais frequência, para que a população como um todo, independente da classe social, possa ter de fato acesso ao entretenimento, ao lazer, à cultura propriamente dita. Se a gente conseguir ter acesso, a gente vai conseguir resgatar e fazer com que essas tradições não morram”, disse Davison.
Para Kátia Cristiane, a ação foi uma oportunidade de aproximar os jovens das raízes alagoanas. “A iniciativa é maravilhosa, ainda mais para essa área, a parte alta, que geralmente tem que descer, tem que se deslocar para procurar alguma coisa lá embaixo. Aqui não, está bem próximo da gente, e isso é muito importante para nossos filhos. Foi um evento tão familiar e acolhedor, resgatando nossas raízes. A cultura não pode morrer nessa era digital, ela tem que estar sempre viva de uma maneira ou de outra. A gente tem que trazer isso principalmente para os jovens”, afirmou.
No Mercado das Artes 31, localizado no bairro de Jaraguá em Maceió, o evento contou com apresentações de diversos grupos folclóricos alagoanos, como o Pastoril Bailado dos Insetos, a Mestra do Patrimônio Vivo Zeza do Coco, o Guerreiro São Pedro Alagoano, as Baianas da Mocidade, as Baianas Flor do Bairro, o Coco de Roda D. Marcos e o Coco de Roda Ganga Zumba. O Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa) também recebeu centenas de visitantes na exposição coletiva "Folklore a Sabedoria Popular", que ficará disponível até o dia 30 de agosto.
Durante o IV Festival do Folclore de Coruripe, a noite de tradições, apresentações artísticas e homenagens celebrou a riqueza da cultura local e regional. O evento reuniu diversos grupos folclóricos, sendo marcado pela diversidade de manifestações culturais, como o coco de roda, o reisado e o pastoril, emocionando o público presente e fortalecendo o sentimento de pertencimento e orgulho pelas tradições alagoanas. A programação do festival reforçou a importância da preservação e valorização do folclore, garantindo a transmissão desses saberes para as futuras gerações.
No evento, também foram apresentadas à turma de bordado Filé, formada sob a orientação da mestra e Patrimônio Vivo de Alagoas, Ivonete dos Anjos, e os grupos Taieiras de Coruripe, liderado pela mestra e Patrimônio Vivo Ana Paula, e o grupo de capoeira Coruripe Ginga, sob a coordenação do Mestre Damião.
Para a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, a Semana do Folclore é um exemplo vivo da riqueza cultural de Alagoas. “Celebrar o nosso folclore é celebrar a nossa identidade, a nossa história e as nossas raízes. Eventos como esse são fundamentais para mantermos viva a chama das nossas tradições e para garantir que as futuras gerações conheçam e valorizem a cultura alagoana. Estamos muito felizes com a participação do público e com o sucesso das atividades”, afirmou a secretária.
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