Economia
Vacina contra covid começa a chegar a clínicas privadas do Brasil
Doses da AstraZeneca devem ser as primeiras comercializadas nas clínicas; preço deve variar entre R$ 300 e R$ 350
Clínicas particulares pelo país estão para começar a oferecer vacinas contra covid-19. A imunização tem sido feita até agora apenas em unidades públicas de saúde. As vacinas do laboratório AstraZeneca devem ser as primeiras comercializadas nas clínicas privadas.
Por meio de sua assessoria, o laboratório afirmou nesta segunda-feira que as primeiras doses devem ser entregues às clínicas ainda em maio (ou seja, até hoje). Disse também que a disponibilização do produto ao público final vai ficar a cargo de cada clínica que comprar o imunizante.
“A AstraZeneca possui negociações avançadas com empresas do setor privado, incluindo a Abcvac para a disponibilização de sua vacina contra a covid-19, a Vaxzevria (AZD1222)”, informou a assessoria no Brasil da AstraZeneca.
A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (Abcvac) afirmou por meio de sua assessoria que as primeiras doses da vacina da AstraZeneca estão para chegar à clínicas de Rio, São Paulo e Belo Horizonte. Mas que pelo menos uma clínica de Belo Horizonte já havia recebido um primeiro lote ontem.
Ainda de acordo com a associação, a oferta de vacinas contra covid na rede privada está em fase inicial e dependerá muito do interesse dos clientes das clínicas privadas. A associação informou também que as vacinas que estão sendo negociadas com a AstraZeneca serão importadas e não serão as doses que são fabricadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocr) em parceria com o laboratório europeu.
As vacinas da AstraZeneca que foram adquiridas pelo Ministério da Saúde no ano passado para o programa nacional de imunizações vieram da Fiocruz.
O preço a ser cobrado pela vacina da AstraZeneca vai variar de clínica para clínica, mas a Abcvac estima que deverá ficar entre R$ 300 e R$ 350. As vacinas contra covid continuam sendo distribuídas gratuitamente pela rede pública de saúde. Um aspecto que pode levar clientes de clínicas a pagarem pela vacina é que nas clínicas eles não estarão limitados às regras adotadas na rede pública.
Uma dessas regras estabelece que a quarta dose só seja aplicada a quem tem mais de 60 anos ou é imunossuprimido. Nas clínicas privadas, clientes mais jovens com prescrição médica poderão tomar essa quarta dose de reforço.
O Valor consultou no início da noite de ontem dois outros grandes de fornecedores de vacinas contra covid ao Brasil: a Pfizer e o Instituto Butantan, em São Paulo, parceiro do laboratório chinês Sinovac na produção da Coronavac, o primeiro imunizante contra covid usado no Brasil.
A Pfizer afirmou por meio de nota que a empresa “tem direcionado seus esforços aos acordos estabelecidos com os governos centrais em todo o mundo, de modo que, neste momento, não há outras negociações em curso”.
Até a conclusão desta edição, o Valor não conseguiu confirmar se o Instituto Butantan negocia a venda da Coronavac com clínicas privadas.
A assessoria do Ministério da Saúde lembrou que a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), imposta pelo governo federal no início de 2020, início da pandemia, estabeleceu entre diversas regras que os fabricantes de vacinas contra covid só podiam vender o imunizante ao poder público. Em abril, sob questionamentos de especialistas em saúde, o governo anunciou o fim da emergência.
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