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Presidente Lula terá papel decisivo na venda da Braskem

Por Redação com site* 23/06/2023 09h09 - Atualizado em 23/06/2023 09h09
Presidente Lula terá papel decisivo na venda da Braskem

A Petrobras ainda não tomou uma decisão sobre o que fará com sua participação na Braskem, gigante da indústria petroquímica controlada pela Novonor, antiga Odebrecht, mas o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuará em conjunto com a estatal no caso, disse nesta quinta-feira o presidente da instituição de fomento, Aloizio Mercadante.

"BNDES e Petrobras estão juntos na questão da Braskem", afirmou Mercadante, ressaltando que quem tomará uma decisão sobre o assunto será o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista coletiva ao lado do presidente da petroleira, Jean Paul Prates.

A Petrobras terá que tomar uma decisão sobre sua participação na Braskem, apenas um pouco menor do que a da Novonor, porque a antiga Odebrecht quer vender o controle. Neste mês, a controladora recebeu uma nova proposta de compra, da petroquímica Unipar.

A Novonor avalia ainda outra proposta pela sua participação na petroquímica, feita em maio, conjuntamente, pela empresa de participações americana Apollo Global Management e pela Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc), a estatal de petróleo de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

A Petrobras é sócia da Braskem, com 36,1% no capital total. Conforme acordo de acionistas, a estatal tem a preferência de comprar a fatia da Novonor, no caso de uma proposta de venda ser aceita pela ex-Odebrecht. A petroleira também tem o direito de vender sua participação a esse comprador, pelas mesmas condições oferecidas ao sócio controlador.

O BNDES entra na jogada porque é credor da Novonor. As ações da Braskem foram oferecidas pela antiga Odebrecht, no contexto de seu processo de recuperação judicial, como garantia a seus credores. Por isso, a aprovação da oferta da Unipar passa também pelo aval dos bancos credores, o BNDES entre eles.

Menos assertivo do que Mercadante, Prates disse que a Petrobras tem evitado se posicionar sobre os rumos da Braskem porque ainda não tomou decisão sobre o assunto.

"Estamos trabalhando. Podemos nos mover tanto para um lado quanto para o outro. Temos essa prerrogativa", afirmou Prates, ao lado de Mercadante.

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