Economia
Torrefadores de Cafés Especiais crescem no Brasil
Mercado em expansão diversifica estratégias e aposta na sustentabilidade.

Os torrefadores de cafés especiais estão se destacando na cadeia produtiva brasileira, segundo a segunda edição da "Pesquisa Cafés Especiais – Perfil e Sabor" do Sebrae. O estudo, realizado no início deste ano, revela que 27% desses profissionais já atuam há mais de 10 anos, enquanto 26,1% estão apenas começando, com até três anos de atividade.
A pesquisa entrevistou 211 torrefadores de 13 estados brasileiros, predominantemente homens (71%), brancos (73,5%), com idade entre 36 e 45 anos (35,5%) e com ensino superior completo (39%). Os canais digitais têm se tornado essenciais, com destaque para Instagram (30,3%), WhatsApp (22,5%) e sites próprios (22,4%).
"Nesse contexto, o Sebrae pode orientar esses profissionais a investir em gestão e capacitação sobre tecnologia, melhorando sua presença nas redes sociais e o relacionamento com clientes", afirmou Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae.
Esse segmento tem crescido significativamente no país, com produtos de alto valor agregado, como os cafés com Indicação de Origem reconhecida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Os torrefadores brasileiros estão concentrados principalmente em São Paulo e Minas Gerais, mas estão expandindo sua presença online, com mais de 53% comercializando seus produtos para todo o país.
"Além do mercado nacional, percebemos que existe um interesse dos torrefadores em expandir para o segmento de cafés agroecológicos, sugerindo uma tendência para produtos mais sustentáveis. Além disso, a maioria prefere vender drip coffee em vez de cápsulas, desenhando uma disposição do mercado nesse sentido", disse Carmem Sousa, analista de Competitividade do Sebrae.
A pesquisa também mostra que 23,2% dos torrefadores torram até 60 kg de café por mês, indicando a presença de torrefações menores. A maioria (54,5%) comercializa o produto em grãos e 90% adquire o café diretamente dos produtores rurais, baseando-se em critérios de confiança, parceria e perfil sensorial.
“Há potencial para fortalecer as conexões entre torrefadores e produtores, aumentando a qualidade e sustentabilidade na cadeia produtiva do café”, argumenta Carmem Sousa.
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