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Rótulo e Realidade

O papel da mídia nas informações sobre medicamentos.

Farmacêutico e pesquisador, Thiago de Melo, destaca a importância da compreensão das bulas para evitar interpretações equivocadas sobre interações medicamentosas.

Por Redação com Assessoria 26/01/2024 15h03
O papel da mídia nas informações sobre medicamentos.
Foto: Reprodução / Freepik

A mídia desempenha um papel crucial na formação da percepção pública sobre medicamentos, mas nem sempre a informação veiculada corresponde à realidade. Recentemente, uma reportagem sobre o Engov trouxe à tona um debate, destacando sua eficácia contra a ressaca, mesmo sem essa indicação oficial na bula.

A Verdade na Bula: Contradições Expostas


Contrariando a abordagem da reportagem, Thiago de Melo esclarece que a indicação para ressaca nunca foi oficialmente recomendada na bula do Engov. O especialista aponta para a clareza da contraindicação do uso do medicamento com bebidas alcoólicas.

O farmacêutico destaca a complexidade na divulgação de medicamentos pela mídia, ressaltando que a promoção do Engov como solução rápida contradiz as orientações da própria bula. Ele adverte sobre os riscos, como a possibilidade de lesões no estômago e sonolência, decorrentes da presença de ácido acetilsalicílico, cafeína e mepiramina na formulação.

O Papel da Mídia na Disseminação Responsável de Informações


Thiago alerta para a falsa sensação de segurança que a mídia pode criar entre os consumidores, destacando a importância de avaliar cuidadosamente o papel da mídia na divulgação de informações sobre medicamentos. “Em muitos casos, as notícias sobre interações medicamentosas podem ser interpretadas de maneira equivocada pelo público, levando a decisões inadequadas sobre seu uso”, pontua.

Para uma comunicação mais precisa, o farmacêutico sugere que a mídia aborde questões relacionadas a medicamentos de maneira objetiva e contextualizada, evitando sensacionalismo. Ele enfatiza a necessidade de destacar a importância da consulta a profissionais de saúde antes de iniciar qualquer regime de medicamentos, desencorajando a automedicação baseada em informações imprecisas. “Em vez de apresentar informações como grandes revelações, é necessário contextualizar a situação e fornecer ao público uma compreensão mais abrangente das recomendações dos profissionais de saúde e das diretrizes das bulas”, alerta.

O caso do Engov destaca a urgência de uma abordagem mais responsável pela mídia ao relatar questões relacionadas a medicamentos, reforçando a importância da educação pública sobre o uso adequado de medicamentos e a compreensão das informações nas bulas.

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