O Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta crucial após a confirmação de um caso importado de sarampo no estado. O paciente, um menino de 3 anos, chegou ao município de Rio Grande (RS) procedente do Paquistão, país com circulação endêmica da doença. Especialistas destacam a relevância da vigilância e vacinação para evitar possíveis surtos.

"É um caso importado, obviamente, não adquirido aqui no nosso território, mas que nos traz esse alerta. Primeiro, da importância da vigilância, de estarmos atentos a qualquer caso suspeito, importado, para que a entrada de um caso aqui não se multiplique e não se torne outros casos secundários, uma cadeia de transmissão e um novo surto", alerta o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri.

A família do menino, que chegou ao Brasil no final de dezembro, passou por aeroportos internacionais de São Paulo e Porto Alegre antes de chegar a Rio Grande. O Centro de Vigilância assegura que a criança não estava no período de transmissibilidade durante o deslocamento.

A suspeita inicial de malária deu lugar ao diagnóstico de sarampo quando o paciente apresentou exantema e manchas na pele. Diante disso, a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul enfatiza a recomendação da aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), oferecida gratuitamente pelo SUS.

A Dra. Maria Silva, pediatra, destaca: "Casos suspeitos devem ficar em isolamento respiratório e fazer uso de máscara cirúrgica desde o momento da triagem nos serviços de saúde". A recomendação é ampliar a vigilância e a vacinação para evitar a disseminação do vírus.

O especialista Renato Kfouri também ressalta a importância da elevação das coberturas vacinais. "Estamos sem registro de casos desde junho de 2022, em busca da recertificação dessa eliminação. Ainda falta melhorar nossas coberturas vacinais, alguns indicadores de vigilância", comenta.

O alerta emitido pelas autoridades de saúde destaca a necessidade contínua de atenção e medidas preventivas para evitar a reintrodução do sarampo no país, ressaltando a importância da vigilância de casos suspeitos e a investigação oportuna.