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Pesquisa e Análise

A Crise dos opioides nos EUA pode chegar ao Brasil

Especialista revela diferenças cruciais no cenário brasileiro e discute as medidas preventivas necessárias para evitar uma crise semelhante.

Por Redação com Assessoria 28/02/2024 14h02
A Crise dos opioides nos EUA pode chegar ao Brasil
Thiago de Melo Costa Pereira é pesquisador, professor, palestrante e escritor. - Foto: Cortesia

Os Estados Unidos enfrentam uma crise devastadora relacionada ao abuso de opioides, com níveis alarmantes de overdoses. Esse fenômeno levanta preocupações sobre a possibilidade de uma situação semelhante se desenvolver no Brasil. Thiago de Melo, farmacêutico e pesquisador, compartilha insights cruciais sobre o cenário farmacêutico brasileiro e as medidas preventivas necessárias.

Desvendando a História Farmacêutica Americana


Ao longo da história farmacêutica dos Estados Unidos, a prescrição de opioides como codeína, tramadol, hidrocodona e hidromorfona tornou-se comum. A falta de dipirona, amplamente usada em outros países, contribuiu para essa dependência, conforme revela Thiago de Melo. O especialista, também professor na Universidade Vila Velha (UVV), destaca como a analgesia frequentemente associada aos opioides desencadeou a atual crise.

Impacto da Pandemia e Fatores Agravantes nos EUA


Durante a pandemia de COVID-19, os Estados Unidos enfrentaram um aumento alarmante nas overdoses relacionadas a opioides. "Isolamento social, ansiedade generalizada e dificuldades econômicas criaram um ambiente propício para o aumento do consumo de substâncias psicoativas", lamenta Melo. Ele enfatiza a contribuição do tráfico de heroína e produtos sintéticos para a crise, amplificando os problemas de dependência.

Diferenças Essenciais no Contexto Brasileiro


No Brasil, a prescrição de opioides é mais restrita e controlada, dificultando a replicação do cenário americano. "Profissionais de saúde brasileiros tendem a ser mais comedidos na prescrição dessas substâncias, evitando a liberalidade que contribuiu para a crise nos Estados Unidos", destaca o farmacêutico.

Thiago de Melo acredita que, apesar das preocupações, o Brasil apresenta diferenças significativas que podem impedir a replicação do problema. "A restrição, a presença da dipirona e a conscientização dos profissionais de saúde são fatores preventivos. No entanto, é essencial manter a vigilância e adotar medidas para garantir que o país não siga o caminho observado nos EUA", conclui o especialista.

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