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MST avança com invasões em 11 estados e governo reage com novo programa

Movimento denuncia falta de ações governamentais suficientes e reivindica reforma agrária.

Por Redação com site* 18/04/2024 14h02
MST avança com invasões em 11 estados e governo reage com novo programa

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) intensificou suas ações de invasões desde a última segunda-feira, dia 15, alcançando 28 áreas em 11 estados, segundo informações fornecidas pelo próprio movimento. As manifestações estão ocorrendo em Sergipe, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Bahia, Pará, São Paulo, Goiás, Ceará, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

O MST justificou as ocupações como parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, ocorrida neste mês, denominado Abril Vermelho. O movimento lembra o massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996, quando 21 trabalhadores rurais ligados ao MST foram mortos pela Polícia Militar.

De acordo com o MST, as invasões têm como objetivo reivindicar áreas consideradas improdutivas para serem destinadas a assentamentos e à reforma agrária. O movimento afirma que há 40 ações em curso, abrangendo um total de 16 estados e o Distrito Federal, envolvendo invasões, acampamentos, assembleias e mobilizações. "Mais de 22 mil famílias estão mobilizadas nas ações", afirma o MST.

Nesta quarta-feira, dia 17, cerca de 200 militantes do movimento invadiram a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande (MS), com a reivindicação de áreas para assentamento. Além disso, a sede da Secretaria de Educação do Ceará também foi alvo de invasão por parte de cerca de 500 militantes do MST, que demandam melhorias na educação do campo.

Para conter as invasões do chamado "Abril Vermelho", o governo federal lançou o Programa Terra para Gente, com o objetivo de acelerar o assentamento de famílias no país. O programa visa incluir 295 mil famílias no Programa Nacional de Reforma Agrária, com a expectativa de assentar 74 mil famílias e reconhecer ou regularizar 221 mil famílias em lotes de assentamentos existentes até 2026.

Em resposta, o MST classificou as iniciativas do governo em relação à reforma agrária como insuficientes e apontou que há 70 mil famílias vivendo em acampamentos.

*UOL Noticias 

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