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Argentinos saem às ruas em Buenos Aires contra cortes orçamentários em universidades públicas

Manifestantes protestam contra medidas do governo de Javier Milei

Por Redação com Agência Brasil 24/04/2024 14h02
Argentinos saem às ruas em Buenos Aires contra cortes orçamentários em universidades públicas
Foto: Augustin Marcarian / Reuters

Nesta terça-feira (23), centenas de argentinos foram às ruas de Buenos Aires em uma marcha contra os cortes orçamentários em universidades públicas, protestando também contra as medidas do presidente Javier Milei. Essa foi a maior manifestação até agora contra as políticas do atual governo, revelando tensões crescentes devido aos cortes orçamentários que afetam as instituições públicas e a economia real do país.

Os manifestantes, apoiados por sindicatos na capital e em outras localidades, ergueram cartazes com frases como "Defenda as universidades públicas", "Estudar é um direito" e "Aumente o orçamento, rejeite o plano de Milei" sob o sol de outono. "Estou aqui para defender as universidades públicas", disse Pedro Palm, arquiteto de 82 anos que se formou na Universidade de Buenos Aires (UBA). Ele expressou preocupação com os cortes que ameaçam paralisar as atividades da universidade.

O governo de Javier Milei enfrenta uma crise econômica herdada de administrações anteriores, caracterizada por anos de gastos excessivos. Em resposta, Milei implementou uma política rigorosa de cortes orçamentários, que levou o estado a um superávit fiscal de três meses no início do ano, mas não trouxe melhorias ao dia a dia dos argentinos e prejudicou setores públicos, como as universidades.

As universidades públicas, incluindo a UBA, dependem de financiamento do governo para manter cursos gratuitos de graduação. "A educação é um dos pilares fundamentais da nossa ideologia. Não queremos fechar as universidades", declarou Manuel Adorni, porta-voz presidencial, ao defender a posição do governo e pedir uma marcha pacífica.

Apesar das medidas de austeridade e dos cortes nos orçamentos, as manifestações mostram que a população argentina está insatisfeita com o impacto das políticas governamentais nas universidades públicas e no setor público como um todo.

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