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Tecnologia em Risco

Apagão Cibernético Global Afeta Setores Aéreo e Bancário no Brasil

Falha em software da CrowdStrike causa atrasos em voos e indisponibilidade em aplicativos bancários; veja os detalhes.

Por Redação com Agência Brasil 19/07/2024 15h03
Apagão Cibernético Global Afeta Setores Aéreo e Bancário no Brasil
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Nesta sexta-feira (19), um apagão cibernético global causado pela empresa de segurança cibernética CrowdStrike afetou diversas empresas no Brasil, especialmente nos setores aeroportuário e bancário. Usuários relataram problemas em aplicativos de bancos, que ficaram fora do ar, e atrasos em voos devido a dificuldades nos sistemas de check-in.

Impacto no setor aéreo


A companhia aérea Azul informou que alguns voos podem sofrer atrasos devido à intermitência no serviço global do sistema de gestão de reservas. “A recomendação é que os clientes que possuem voo hoje, e ainda não realizaram o check-in, cheguem ao aeroporto mais cedo e dirijam-se ao balcão de atendimento da companhia”, orientou a empresa.

No Aeroporto Internacional de Brasília, administrado pela Inframerica, cinco voos da Azul decolaram com atraso até as 11 horas, e outros três ainda estavam atrasados. O check-in foi realizado manualmente enquanto o sistema esteve fora do ar. “Outras companhias não reportaram impacto”, informou a Inframerica.

No Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, também ocorreram problemas no sistema de check-in, mas a Infraero, administradora do aeroporto, afirmou que o impacto foi minimizado com a realização manual do procedimento.

A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que não foi afetada pelo apagão. “O sistema de controle do espaço aéreo brasileiro, incluindo todos os equipamentos e softwares utilizados pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo, permaneceu operando normalmente durante o período. Não houve impacto nos serviços de navegação aérea providos, mantendo-se o elevado nível de segurança das operações”, informou a FAB.

Aeroportos internacionais em Tóquio, Amsterdã, Berlim e vários terminais espanhóis também relataram problemas. Companhias aéreas como American Airlines, Delta Airlines, United Airlines e Allegiant Air suspenderam seus voos devido a problemas de comunicação. "Uma falha de software de terceiros está afetando os sistemas de computadores em todo o mundo, inclusive na United. Enquanto trabalhamos para restaurar esses sistemas, estamos mantendo todas as aeronaves em seus aeroportos de partida", disse a United em um comunicado. "Os voos que já estão no ar continuam em seus destinos."

A Ryanair, maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, também alertou sobre problemas em seus sistemas de reserva.

No Reino Unido, sistemas de reservas usados por médicos estavam fora do ar, e a Sky News, uma das principais emissoras de notícias do país, pediu desculpas por não poder transmitir ao vivo.

Impacto no setor bancário


Clientes do Bradesco relataram falhas no aplicativo do banco durante a manhã. Uma mensagem informava que “em virtude de um apagão cibernético global, alguns canais digitais do Bradesco apresentam indisponibilidade”. O banco recomendou que os clientes não desinstalassem o aplicativo para não perderem a chave de segurança.

Em nota, o Bradesco afirmou que equipes estão atuando para regularizar a situação o mais breve possível e que seus terminais de autoatendimento funcionam normalmente. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a maioria das instituições financeiras brasileiras normalizou seus serviços ainda pela manhã. “As demais estão em avançado estado de normalização e trabalhando para garantir o funcionamento de seus serviços rapidamente”, informou a Febraban. O Banco Central confirmou que seus sistemas operam normalmente.

CrowdStrike


A CrowdStrike, empresa norte-americana de segurança cibernética, assumiu a responsabilidade pelo apagão cibernético que afetou diversas empresas globalmente. O CEO da empresa, George Kurtz, explicou que o problema decorreu de uma atualização de conteúdo para computadores com sistema operacional Windows, da Microsoft, relacionados ao sensor Falcon, que resultou na “tela azul da morte”.

“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows. Os hosts Mac e Linux não são afetados. Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada”, informou Kurtz por meio das redes sociais.

Kurtz recomendou aos clientes que acessem o portal de suporte da empresa para obter as atualizações mais recentes e mantenham comunicação com os representantes da CrowdStrike por meio de canais oficiais. “Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”, acrescentou.

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