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Líder do PCC Movimenta R$ 8 Bilhões Mesmo Preso Há 22 Anos
Polícia bloqueia valores que superam orçamentos de capitais; esposa de Anderson Manzini é peça-chave no esquema.
Mesmo após 22 anos de prisão, Anderson Manzini, conhecido como Gordo, continua a comandar atividades do núcleo criminoso do PCC, movimentando R$ 8 bilhões nos últimos cinco anos. O montante, recentemente bloqueado pela Polícia Civil de São Paulo, supera os orçamentos das capitais Sergipe e Santa Catarina para 2024, que são de R$ 3,9 bilhões cada.
Identificado como braço direito de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, ex-alto membro do PCC, Gordo manteve suas operações principalmente por meio de cartas enviadas por sua esposa, Fabiana Lopes Manzini. "A investigação mostrou que ele utilizava uma rede de pelo menos 40 parceiros, incluindo membros do PCC e laranjas", relatou um investigador.
Operação à Distância
Gordo, mesmo transferido entre penitenciárias, continuou suas atividades com o apoio de sua esposa. Fabiana negociava pontos de venda de drogas e mantinha contatos com membros do grupo. "Ela organizava os pagamentos de biqueiras e intermediava negócios, sempre em sintonia com Gordo", revelou uma fonte.
Cartas escritas à mão por Gordo eram fotografadas e enviadas aos destinatários, assegurando o funcionamento da rede. A descoberta ocorreu após investigações da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes. Em setembro de 2023, Fabiana foi presa, e dois celulares apreendidos com ela revelaram o esquema de tráfico e lavagem de dinheiro.
O “Banco do Crime”
Além do tráfico de drogas, a investigação revelou um "banco do crime", que movimentou os R$ 8 bilhões da quadrilha. João Gabriel Yamawaki, primo de Gordo, foi preso em agosto de 2024, com mais de R$ 500 milhões bloqueados.
Influência Política
As investigações apontam ainda que Gordo tentava influenciar campanhas eleitorais no interior e na região metropolitana de São Paulo. "Há seis membros do PCC sendo investigados, além de 26 pessoas ligadas diretamente ao crime organizado", informou a polícia.
As defesas dos suspeitos não foram localizadas até o momento. A investigação da Dise continua e mira novos alvos.
*Terra brasil Notícias
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