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Defesa: insônia causou atropelamento e mortes
Sérgio Praxedes tirou a vida de duas pessoas e feriu outra dirigindo supostamente embriagado na Fernandes Lima
A defesa do ex-bancário Sérgio Praxedes afirmou ao Emtemponoticias que vai pleitear a tese de que a insônia crônica do réu, e não o álcool, foi a responsável por ele ter sucumbido ao problema e dormido ao volante na madrugada do dia 23 de julho do ano passado, quando ele, na contramão da Avenida Fernandes Lima, atropelou e
matou dois motociclistas e deixou gravemente ferida a esposa de um deles. Segundo a defesa, o réu toma medicamentos para o problema e vai apresetar o histórico médico quando for a hora.
Com a alegação, a estratégia da defesa de Praxedes vai tentar fazer com que ele seja julgado por homicídio culposo, com pena de 5 a 8 anos de reclusão, e não homicídio doloso, quando se assume o risco de matar, cuja pena é de 6 a 20 anos de prisão.
Preso no Baldomero Cavalcanti e já com dois pedidos para responder o processo em liberdade negados pela Justiça, Sergio Praxedes foi ouvido, nesta segunda-feira, 7, em juízo, na Audiência de Instrução e Julgamento, quando, também, falaram testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE-AL) e pela defesa do réu.
"Sim, foi isso que meu cliente utilizou em sua defesa e é essa tese que vamos levar ao julgamento dele. Sérgio sofre de insônia, toma medicação para isso, e, infelizmente, quando voltava para casa, acabou não aguentando e dormiu ao volante. Ele não se lembra de muita coisa e só consegue acordar após a colisão com as vítimas,
o que não o exime totalmente de responsabilidade no fato", declarou, por telefone, o advogado Leonardo de Moraes.
O ex-bancário é casado e não tem filhos, mas possui um irmão e ainda os pais vivos, não irá pedir a absolvição do réu no julgamento do caso.
"Dessa forma, não por que falarmos em dolo, tendo em vista que admitimos que ele foi imprudente, dormiu ao volante e isso o enquadra em tese de homicídio culposo e não doloso porque a imprudência não se
configura em assumir risco de matar alguém, é nisso que vamos nos apegar", explicou o advogado, que segue trabalhando para que seu cliente seja e aguarde o julgamento em liberdade.
Para tentar mostrar que Sérgio Praxe des não estava embriagado na hora da colisão, como dizem a polícia, Justiça e testemunhas que presenciaram a tragédia, Leonardo de Moraes afirma que o ex-bancário desceu do carro e tentou socorrer as vítimas que estavam deitadas na Avenida Fernandes Lima. O réu mora no Farol e voltava para casa após uma festa que durou toda a noite.
"Ele bebeu algo, mas comeu bastante e o álcool não foi componente nesse aspecto. Ele não fugiu do local do acidente e, ainda, a família dá assistência à mulher que também se envolveu no acidente"
explica o advogado.
Festa e bebedeira
Nos autos do processo, o MPE-AL descreve que o bancário, ainda na noite e madrugada que antecederam o atropelamento e mortes, havia participado de um aniversário e que vídeos e fotos vistas em redes
sociais mostrava, claramente, Sérgio Praxedes ingerindo bebida alcoólica.
Ainda conforme o Ministério Público, no local da tragédia, o réu se negou a se submeter ao exame de alcolemia, mas que foram encontradas dentro do carro que ele dirigia garrafas de cerveja já esvaziadas, assim como sinais de embriaguez apresentados por ele.
Mortes
No atropelamento, morreram o segurança Pedro Alves de Souza Junior, 31,na hora, e José Cícero da Silva Santos, 46, que ainda chegou a ser socorrido, mas faleceu no Hospital Geral do Estado. A esposa dele, Quitéria Gonçalves de Amorim, 46, teve diversas fraturas, passou por cirurgia e segue em recuperação.
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