Notícias

CUIDADO

Aranhas ocupam terceiro lugar no número de acidentes com animais peçonhentos

Em primeiro lugar estão insetos não identificados, seguido de serpentes; análise do Ministério da Saúde reúne dados coletados de 2017 a 2021

Por Redação com assessoria 26/08/2022 10h10 - Atualizado em 26/08/2022 13h01
Aranhas ocupam terceiro lugar no número de acidentes com animais peçonhentos
As aranhas-armadeiras são certamente as que provocam mais temor na população e podem chegar a 17 centímetros - Foto: Fauna News

Os acidentes provocados por aranhas são responsáveis pelo terceiro maior número de notificações de ocorrências com animais peçonhentos. A informação consta no Boletim Epidemiológico que reúne dados do panorama de eventos com esses aracnídeos no Brasil, no período de 2017 a 2021. A publicação divulgada esta semana pelo Ministério da Saúde traz informações a respeito dos materiais e métodos utilizados para o estudo descritivo e analítico dos casos notificados de araneísmo no País.

As informações coletadas pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SISAM) apontam que dos quase 1,3 milhão de acidentes por animais peçonhentos notificados em cinco anos de estudo, mais de 168 mil, cerca de 12,97% dos casos, foram ocasionados por aranhas. Os principais grupos causadores das ocorrências são as aranhas que vivem nas casas ou suas proximidades, como caranguejeiras e aranhas de grama ou jardim.

A região Sul foi a responsável pelo maior número de notificações de acidentes por aranhas, 53,54% do total. O estado do Paraná alcançou o maior número de casos, com 45 mil ocorrências, uma porcentagem de 26,73% do total de casos da região.

Durante o período estudado, 2019 foi o ano em que houve mais registros de acidentes, um total de 38.961 casos. Entre 2020 e 2021, em meio à pandemia de Covid-19, houve redução nos registros. Uma hipótese para essa diminuição pode ser a maior preocupação da população com a limpeza doméstica e o receio de exposição ao SARS-CoV-2 na busca de hospitais em caso de acidente.

No total do período de estudo, foram notificados 92 óbitos. A maior taxa de letalidade foi em Roraima, com 1,15% das ocorrências. Desde 2016, o Ministério da Saúde traz como recomendação, para que se evite esse tipo de desfecho, o Guia de Vigilância em Saúde.

O documento apresenta recomendações para as vigilâncias estaduais e municipais. Os indicadores do Boletim Epidemiológico, além de apresentar o cenário, fornecem subsídios para a tomada de decisões sobre a destinação de recursos financeiros e capacitação de profissionais capacitados, o que contribui para reduzir os casos.

Superada pelas ocorrências ocasionadas por aranhas estão as que envolvem serpentes. O primeiro lugar reúne os casos que a identificação do animal ficou em branco na folha de notificação ou que o animal que causou o acidente não era conhecido pelo profissional que preencheu a ficha.

*Ministério da Saúde

WhatsApp

Receba notícias do Em Tempo Notícias no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar a nossa comunidade:

https://chat.whatsapp.com/K8GQKWpW3KDKK8i88Mtzsu