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Políticos repudiam atentado contra Kirchner

Homem se aproximou e apontou arma para a cabeça da vice-presidente. A pistola, porém, falhou, e Fernando Sabag Montiel acabou preso

Por Redação com site* 02/09/2022 08h08 - Atualizado em 02/09/2022 09h09
Políticos repudiam atentado contra Kirchner

O brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, preso após tentar matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, portava uma pistola calibre 32 — de fabricação argentina — carregada com cinco balas, segundo informações da Polícia Federal à imprensa.

A tentativa de assassinato ocorreu na noite de quinta-feira (1º/9), quando Cristina acenava para simpatizantes na frente de sua casa no bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Neste momento, Sabag Montiel levanta a mão esquerda com a arma, engatilha e tenta disparar o tiro. Cristina, então, protege-se com aos mãos em frente ao corpo.

A ação do homem, que usava uma touca preta e uma máscara facial, chamou a atenção dos apoiadores da ex-presidente, que o agarraram no meio da multidão.

Fernando Sabag foi detido em março de 2021, após ser abordado por policiais por estar em um carro sem placa. Enquanto conversava com os agentes de segurança, uma faca de 35 centímetros caiu no chão. O brasileiro alegou que portava a arma para defesa pessoal; na ocasião, o objeto foi apreendido.

O homem nasceu em São Paulo, mas os pais dele não são brasileiros. Segundo informações preliminares, a mãe do suspeito é argentina; já o pai de Fernando é chileno – e inclusive teria sido expulso do Brasil no ano passado.


Repercussão



O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri, opositor de Kirchner, escreveu no Twitter: “Meu repúdio absoluto ao ataque sofrido por Cristina Kirchner, que felizmente não teve consequências para a vice-presidente. Este gravíssimo fato exige um imediato e profundo esclarecimento por parte da Justiça e das forças de segurança”.

O presidente argentino, Alberto Fernández, fez um pronunciamento e disse tratar-se do "evento mais sério que passamos desde que a Argentina voltou à democracia". E acrescentou que Cristina permanece viva porque, por "algum motivo que ainda não foi confirmado, a arma com cinco balas não disparou mesmo com o gatilho sendo puxado".

Os candidatos à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), também usaram as redes sociais para prestar solidariedade com Kirchner. O petista disse que a vice-presidente foi vítima de um "fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade". Já Tebet usou o espaço para pedir "paz na política" e "paz nas eleições". A candidata do União Brasil opinou que "reforçar a segurança não é exagero".

*Metrópole e GauchaZH

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