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Rótulos têm novas regras para auxiliar compra de alimentos

Mercado têm prazo de três anos para se adequar

Por Renata Marques com Redação 11/10/2022 14h02
Rótulos têm novas regras para auxiliar compra de alimentos

No Brasil, novas regras para rótulos de alimentos entraram em vigor no último domingo (09). De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre as mudanças estão a inclusão de mais informações sobre os produtos nas embalagens e a padronização da cor da tabela nutricional, que passará a ter as letras pretas em fundo branco afastar a possibilidade de uso de contrastes que atrapalhem na legibilidade.

O prazo para a aplicação da nova regra é de três anos, ou seja, produtos com a rotulagem antiga ainda vão continuar nas prateleiras dos supermercados.

Endocrinologista Jhony Gusmão

Segundo o endocrinologista Jhony Gusmão, a padronização da tabela é muito positiva e traz benefícios nutricionais para a população. “Será mais fácil visualizar os nutrientes que compõem o alimento, possibilitando que as pessoas façam uma escolha mais consciente a respeito do que será ingerido”, disse o médico.

A principal mudança é a implantação de um símbolo de lupa na parte superior frontal do rótulo mostrando a quantidade de açúcares adicionados, gorduras saturadas ou sódio acima da recomendação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


De acordo com a nutricionista Andrea Aragão, a rotulagem frontal poderá ajudar a prevenir doenças crônicas. “Em excesso, esses nutrientes têm uma relação direta com o aumento de peso na população, o que vem acontecendo de forma bem expressiva. Eles também estão ligados a doenças cardiovasculares, obesidade e doenças mentais”, destacou.

Nutricionista Andrea Aragão

Para a especialista, os açucares têm impacto negativo nas proteínas do cérebro que atuam contra o estresse, o que pode promover o aparecimento de outras células, como as da depressão.

Em meio à crise econômica que o Brasil está passando, nem todo brasileiro tem tido condições ou o direito a escolha do que vai colocar alimento na mesa, o que aumenta o consumo de enlatados.

“A crise econômica faz com que as pessoas substituamos proteínas por embutidos, mas é necessário usar a criatividade nesse período de crise. Pescados e ovos são boas alternativas de substituição”, ressalta Jhony Gusmão.


A alimentação habitual e tradicional do brasileiro, como arroz e feijão, ainda é considerada saudável e nutritiva. Além disso, frutas e legumes sempre serão melhores que alimentos industrializados.

“Se mudarmos o desembalar pelo descascar, teremos uma alimentação mais barateada e extremamente nutricional, mas isso é um trabalho de conscientização que precisa ser feito na população”, finaliza o endocrinologista.

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