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Rótulos têm novas regras para auxiliar compra de alimentos
Mercado têm prazo de três anos para se adequar
No Brasil, novas regras para rótulos de alimentos entraram em vigor no último domingo (09). De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre as mudanças estão a inclusão de mais informações sobre os produtos nas embalagens e a padronização da cor da tabela nutricional, que passará a ter as letras pretas em fundo branco afastar a possibilidade de uso de contrastes que atrapalhem na legibilidade.
O prazo para a aplicação da nova regra é de três anos, ou seja, produtos com a rotulagem antiga ainda vão continuar nas prateleiras dos supermercados.
Endocrinologista Jhony Gusmão
Segundo o endocrinologista Jhony Gusmão, a padronização da tabela é muito positiva e traz benefícios nutricionais para a população. “Será mais fácil visualizar os nutrientes que compõem o alimento, possibilitando que as pessoas façam uma escolha mais consciente a respeito do que será ingerido”, disse o médico.
A principal mudança é a implantação de um símbolo de lupa na parte superior frontal do rótulo mostrando a quantidade de açúcares adicionados, gorduras saturadas ou sódio acima da recomendação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a nutricionista Andrea Aragão, a rotulagem frontal poderá ajudar a prevenir doenças crônicas. “Em excesso, esses nutrientes têm uma relação direta com o aumento de peso na população, o que vem acontecendo de forma bem expressiva. Eles também estão ligados a doenças cardiovasculares, obesidade e doenças mentais”, destacou.
Nutricionista Andrea Aragão
Para a especialista, os açucares têm impacto negativo nas proteínas do cérebro que atuam contra o estresse, o que pode promover o aparecimento de outras células, como as da depressão.
Em meio à crise econômica que o Brasil está passando, nem todo brasileiro tem tido condições ou o direito a escolha do que vai colocar alimento na mesa, o que aumenta o consumo de enlatados.
“A crise econômica faz com que as pessoas substituamos proteínas por embutidos, mas é necessário usar a criatividade nesse período de crise. Pescados e ovos são boas alternativas de substituição”, ressalta Jhony Gusmão.
A alimentação habitual e tradicional do brasileiro, como arroz e feijão, ainda é considerada saudável e nutritiva. Além disso, frutas e legumes sempre serão melhores que alimentos industrializados.
“Se mudarmos o desembalar pelo descascar, teremos uma alimentação mais barateada e extremamente nutricional, mas isso é um trabalho de conscientização que precisa ser feito na população”, finaliza o endocrinologista.
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