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Saiba o que fazer quando a criança não se adapta à escola
Especialistas em saúde mental infantojuvenil alertam para os sinais e alternativas para facilitar a experiência escolar de crianças e adolescentes
A volta às aulas é motivo de alegria para muitos alunos, mas para outros é um verdadeiro pesadelo. A psicopedagoga Nadja Pinho, especialista do núcleo infantojuvenil da Holiste Psiquiatria, explica que os motivos são diversos, mas o principal é o acolhimento da criança e do adolescente, assim como das emoções e angústia que cada um demonstrará com o retorno à escola, sendo necessário exercitar a sensibilidade para perceber as diferenças e buscar recursos para tornar a aprendizagem e o convívio algo saudável.
"O retorno à rotina escolar que para uns é tão agregador e saudável, para outros será desestruturante, e, muitas vezes, isso se evidencia no corpo com automutilações, roer das unhas, entre outras formas. É claro que, em casos assim, o acompanhamento profissional é necessário, mas, de maneira geral, é importante utilizar recursos para que a criança e o adolescente sintam prazer com os conteúdos trabalhados em sala, possibilitando um aprendizado crítico e não apenas algo obrigatório", esclarece.
O que é possível fazer
Cada estudante desenvolverá com a escola uma relação única. Muitas vezes, a falta de interesse na escola está diretamente ligada a aspectos que não são apenas comportamentais, como: dificuldade de aprendizagem, dificuldade de atenção e concentração, dificuldade na coordenação motora ou até mesmo alguma alteração no processamento sensorial. O que poderia frustrar a experiência escolar, hoje, já encontra técnicas e profissionais qualificados para promover um ambiente adequado às diferenças de cada um. Para Daniele Bacellar, terapeuta ocupacional da Holiste Psiquiatria, a criança que apresenta dificuldade em copiar o dever na sala de aula, por exemplo, parte a evitar realizar essa tarefa, limitando a participação na classe. O papel da terapia ocupacional aqui é o de não culpabilizar o estudante por suas particularidades, mas de encontrar estratégias para promover a independência, a autonomia e o bem-estar necessário para que seja possível aprender e conviver naquele ambiente.
"Atualmente, os Terapeutas Ocupacionais têm sido chamados para atuar no ambiente acadêmico, especialmente com crianças e adolescentes com TDAH e TEA. É possível confeccionar ou indicar utilização de recursos para adaptações, como plano inclinado, lápis e canetas com diâmetro maior, exercícios lúdicos, órteses, pautas ampliadas, textos emborrachados, computador, enfim, uma série de alternativas de acordo com os desafios de cada um. O profissional pode atuar como facilitador da relação entre escola, aluno e família, possibilitando o desenvolvimento e a inclusão desses sujeitos no processo", aponta.
Sinais de alerta
Na maioria dos casos, os próprios educadores comunicam caso a criança ou o adolescente esteja com dificuldade de se adaptar à rotina escolar, mas, mesmo assim, existem alguns comportamentos que sinalizam a necessária presença de um profissional de saúde mental, mesmo que o atendimento psicológico possa estar presente mesmo antes.
- Sinais intensos de desconforto na escola, como choros, dificuldade de lanchar e socializar, por mais de 3 meses após o início das aulas.
-Muita ansiedade, sintomas como preocupação exacerbada com a escola, dificuldade de dormir ou cansaço extremo, taquicardia.
-Criança ou adolescente se machucando, vomitando e chorando frequentemente na escola, enquanto longe dos pais.
É fundamental que os responsáveis ao identificar estes sinais não minimizem o sofrimento, mas encarem como um indício de que é preciso buscar ajuda para superar estes desafios, sejam de ordem emocional ou de outro aspecto, como a dislexia, o déficit de atenção, entre outros. Quando o assunto é saúde mental, a informação é o primeiro passo do tratamento.
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