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Candidato ao ENEM é detido por engano e fica sem fazer prova
Um candidato foi detido, na tarde de domingo (5), enquanto fazia a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no Recife.
Marcos Antonio Gomes da Silva, de 50 anos, contou que foi chamado pela coordenação do local da prova e se surpreendeu com o motivo.
É que policiais militares estavam com um mandado de prisão contra uma pessoa que tem o mesmo nome e a mesma data de nascimento dele.
Vendedor e pesquisador, Marcos estava fazendo o Enem na Escola Estadual Assis Chateaubriand, no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife.
Os policiais pediram o documento de identificação dele, e notaram que apesar do nome e a data de nascimento serem as mesmas das que estavam no mandado, os nomes dos pais eram diferentes e o homem procurado era nascido na Paraíba.
Marcos não conseguiu voltar para a sala de aula porque foi levado até o Instituto de Identificação Tavares Buril, no Centro do Recife, para checar as impressões digitais.
Ele conta que também não pediu para fazer a prova novamente, porque não tinha condições psicológicas e emocionais.
O advogado de Marcos, Allan Negreiros, afirmou que vai pedir informações à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) para entrar com uma ação na Justiça em busca de uma indenização por danos morais.
O que dizem as autoridades
Em Nota conjunta a Polícia Federal e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informaram quetudo aconteceu a partir do cruzamento de dados entre a Polícia Federal e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
“Foram identificadas duas pessoas inscritas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que possuíam mandados de prisão em aberto. O primeiro, na Faculdade Alpha, que foi cumprido; e o segundo, na Escola Assis Chateaubriand, ambos no Recife”, informou o comunicado.
Ainda segundo a nota, forças de segurança municipais, estaduais e federais, a Polícia Militar foram acionadas para cumprir mandados e encontraram a "divergência nos dados de filiação que constava no mandado judicial, no cumprimento do segundo mandado, por isso, o mesmo foi liberado pelo delegado de plantão”.
As diligências seguiram e foi verificado que o CPF do candidato com filiação divergente tem um alerta junto ao sistema de procurados e impedidos da Polícia Federal oriundo da Justiça estadual da Paraíba, "motivo pelo qual ainda estão sendo realizadas diligências. Maiores informações serão repassadas oportunamente”.
*Diário de Pernambuco
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