Faltando um dia para completar um mês, a Polícia Científica confirmou, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (06), que a explosão que deixou três mortos no Residencial Maceió I, na parte alta da capital alagoana, foi causada por vazamento de gás e confinamento indevido do botijão. A declaração foi dada pela equipe de perícia que participou da coletiva. 

As primeiras evidências depois da tragédia indicaram que o epicentro da detonação poderia estar localizado nas proximidades do banheiro do apartamento. À época, a perícia identificou, durante o exame, diversos crateramentos no terreno, e um desses pontos levantou suspeitas sobre a origem do desastre. Além das marcas visíveis no solo, foram coletados vestígios, incluindo amostras de solo e gás, que passaram por análises químicas para confirmar a hipótese.

Em dois dias, 52 vestígios foram coletados e submetidos a cerca de 35 exames no Laboratório de Química Forense. Boa parte deles foram realizados em um microscópio eletrônico de varredura com a busca de padrões em fissuras, rachaduras e microfissuras nos materiais encontrados na área do epicentro para identificar a dinâmica da explosão.

O caso - A explosão aconteceu por volta das 4h da manhã do último 07 de novembro e foi seguida por desabamento que deixou três mortos, sendo dois adultos e uma criança de apenas 12 anos, e feridos.

Toda área em volta do apartamento sentiu o tremor provocado pela explosão e os estragos também foram além. Ao menos oito apartamentos ficaram completamente destruídos, mas a Defesa Civil interditou 20 imóveis no total por questão de segurança.

Moradores do prédio ficaram soterrados e uma grande operação do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Municipal.